A Justiça de Minas Gerais negou o pedido para responder em liberdade do casal suspeito de agredir brutalmente e matar o menino Ian Henrique Almeida Cunha, de apenas dois anos de idade. A decisão aconteceu, na tarde de terça-feira (14), no Tribunal do Júri da comarca de Belo Horizonte.
O pai da criança Marcio da Rocha de Souza, de 31 anos, solicitou o relaxamento da prisão preventiva. Já a madrasta Bruna Cristine dos Santos, de 34 anos, solicitou prisão domiciliar. A juíza Barbara Bonfim entendeu que não há novidade que justifique a aceitação do pedido.
Um laudo da Polícia Civil mostrou que o garoto sofreu traumatismo craniano provocado por um instrumento como uma barra de ferro ou de madeira. Na decisão desta terça (14), a juíza apontou que a dinâmica do fato aponta a periculosidade dos investigados.
Além disso, em relação ao pedido de prisão domiciliar da madrasta, que alega ser “a única provedora do sustento da sua filha especial menor de 4 anos dependente exclusiva”, a juiza entendeu que não foi comprovada a indispensabilidade da ré aos cuidados da criança. Bonfim ainda apontou que não há informações no sentido de que a criança se encontra desamparada, acolhida em abrigo, ou de que não esteja recebendo cuidados adequados por familiares.
Quanto a justificativa de que a investigada é diabética, com baixa imunidade e uma das pernas amputadas, a juíza demonstra que não indícios de que Bruna não esteja recebendo os cuidados devidos.
A principal linha de investigação é de que a mulher começou as agressões, mas ambos teriam participação na morte do menino.
*Estagiário sob supervisão de Maria Luiza Reis