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Justiça remarca audiência de fazendeiro que usou suástica 

José Eugênio Adjuto confeccionou uma faixa com o símbolo nazista, amarrou no braço e foi a um bar da cidade de Unaí (MG)

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Homem foi flagrado com suástica no braço em um bar
Homem foi flagrado com suástica no braço em um bar Homem foi flagrado com suástica no braço em um bar

A Justiça de Unaí, a cerca de 600 km de Belo Horizonte, remarcou para novembro a audiência de instrução do caso do fazendeiro que usou uma faixa com uma suástica no braço e foi a um bar da cidade. O caso ocorreu em dezembro de 2019 e chocou moradores da cidade. 

O fazendeiro José Eugênio Adjuto foi flagrado com o símbolo nazista por estudantes que estavam no mesmo local e chamaram a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrência. Um mês depois, o Ministério Público de Minas Gerais apresentou denúncia contra ele. 

Em audiência nesta segunda-feira (20), realizada por meio de videoconferência, foram ouvidas três testemunhas, entre elas um policial militar e um policial civil. O MP pediu à Justiça para que mais duas pessoas, também policiais civis, fossem ouvidas.

Por sua vez, a defesa de Adjuto afirmou que a resposta ao rol de testemunhas elencadas no processo não consta na ação. Os advogados do fazendeiro também pediram a inclusão do depoimento de um parente de Adjuto na ação. Por conta disso, a juíza determinou que o documento fosse incluído no processo e remarcou a audiência para o fim de novembro. 

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Relembre o caso

Sentado na mesa de um bar em Unaí, o fazendeiro José Eugênio Adjuto foi flagrado por outros frequentadores com uma faixa com a suástica nazista amarrada no braço esquerdo. Incomodados, estudantes que estavam no local chamaram a Polícia Militar para denunciar o homem por crime de apologia ao nazismo.

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Um vídeo gravado no local mostra o momento da abordagem ao homem: 

O caso foi investigado e, no mês seguinte, o Ministério Público apresentou denúncia contra Adjuto com base no artigo 20, parágrafo 1º da Lei 7.716/89, que proíbe a fabricação, comercialização, distribuição ou veiculação de símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.

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À Polícia Civil, o fazendeiro José Eugênio Adjuto, alegou à polícia que utilizou a cruz como um símbolo religioso antigo de “felicidade” e não em alusão ao nazismo. No entanto, para os policiais, ele tinha noção do significado da suástica.

No local, a Polícia Militar disse não ter visto "apologia ao nazismo" na atitude do homem. Em nota, a PM disse que os agentes não achavam que a atitude se enquadrava no mesmo artigo que o Ministério Público usou para denunciar o fazendeiro.

“O entendimento inicial dos policiais militares, pelas circunstâncias no local, foi de que o uso da faixa não se enquadrava no verbo veicular, e nem nos demais verbos do tipo legal previsto, citado anteriormente”, destacou a corporação em nota divulgada à época.

Caso condenado, Adjuto pode pegar de dois a cinco anos de reclusão. 

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