Tragédia deixou 19 mortos 362 famílias desabrigadas
Reprodução / RecordTV MinasO TRF 1 (Tribunal Regional Federal da Primeira Região) trancou nesta terça-feira (9) a ação penal contra um dos ex-diretores da Vale no processo que apura a responsabilidade pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, na região central de Minas Gerais. No caso, José Carlos Martins foi acusado de homicídio qualificado.
O maior desastre ambiental do país aconteceu em novembro de 2015, deixando 19 mortos, 362 famílias desabrigadas e despejando toneladas de rejeitos de mineração no Rio Doce e no Oceano Atlântico.
Leia mais notícias sobre Minas Gerais no Portal R7
Martins era um dos 22 acusados pelo MPF (Ministério Público Federal) no processo, sendo 21 deles por homicídio qualificado. As empresas VogBR, Samarco e suas controladoras Vale e BHP Billiton também se tornaram rés na ação. O MP alega que eles tinham ciência ou responsabilidade por falhas na estrutura da barragem que estourou.
De acordo com Sânzio Nogueira, advogado que defende Martins, a decisão do TRF 1 já era esperada, uma vez que os problemas na represa foram relatados quando o executivo já havia se desligado da Vale.
— Até abril de 2013, quando ele [Martins] deixou a empresa, não existia indicativo técnico que sugerisse o rompimento da barragem. Assim, não tem como ele ser responsabilizado.
A medida ainda cabe recurso por parte do MPF. Procurado, o órgão informou que adotará as medidas processuais cabíveis assim que for informado sobre a decisão.
Crianças vítimas da tragédia de Mariana escrevem livros sobre o rompimento da barragem: