Familiares dizem ter visto formiga em bebê de Letícia
Record MinasCausa da morte do bebê de Viviane foi dada como "indeterminada"
Record MinasTrês mulheres denunciam suposta negligência no Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, que teria provocado a morte de três recém-nascidos. As três fizeram seus partos na unidade de saúde e desconfiam da conduta dos profissionais.
Letícia Porto Muniz já tinha comprado todo o enxoval de sua filha Alice, mas depois de 30 dias internada após o parto, a menina faleceu. A mãe conta que dar a luz foi uma batalha.
— Na hora que viram que os batimentos dela [Alice] estavam fracos chamaram um médico e a moça que tava tentando fazer meu parto ainda falou que achava que seria cesária. Minha filha não sáia. O médico enfiou as duas mãos em mim, virou ela e tentou puxar, mas os ombros dela grudaram. Me cortaram para conseguir tirá-la e até infecção eu peguei.
Os familiares de Letícia questionam a higiene do hospital. Parentes da mulher dizem ter visto uma formiga dentro da encubadora onde a criança estava.
Já a estudante Larissa Martins precisou ter o parto induzido e, ainda assim, o bebê não sobreviveu.
— Fui internada e induziram meu parto com comprimidos durante uma noite toda. Às 6h a médica falou que minha bolsa tinha estourado e perguntou que horas isso aconteceu mas eu não sabia. Eu nunca tinha passado por aquilo.
A caixa Viviane Correia também enfrentou a mesma demora na hora do parto.
— Me mandaram voltar para casa e me deram Buscopan na veia para parar a dor mas eu não estava aguentando de dor e tinha sangramento. Voltei para o hospital e me internaram. Ninguém tinha me examinado no dia anterior.É muito difícil falar sobre isso porque ainda machuca muito.
O corpo do bebê de Viviane, que nasceu morto, ficou 54 dias no Instituto Médico Legal e o laudo só foi emitido um mês depois. No documento a causa da morte é "indeterminada".
As três crianças morreram apesar das mães terem feito o pré-natal e todos os exames necessários.
O Hospital Sofia Feldman já foi alvo de investigação da polícia e da vigilância sanitária. Nenhum representante da instituição quis gravar entrevista mas a assessoria de imprensa enviou nota informando que foi criado um comitê de investigação para os três casos. Porém, nenhuma falha foi encontrada.