Desta vez, foi a cidade de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, que disse não ao aumento anual de tarifa dos coletivos proposta pelas concessionárias. O anúncio foi feito ontem pelo prefeito da cidade Junynho Martins (PSC) por meio de vídeo nas redes sociais. Segundo ele, não houve melhoria no sistema de transporte que justifique o reajuste de tarifas.
Sob a mesma alegação, primeiro Belo Horizonte e, sem seguida, Betim e Contagem, as duas últimas também na região metropolitana, disseram não às concessionárias. Para Belo Horizonte, elas fizeram uma proposta de aumento de 10,5%, que mereceu uma ironia do prefeito Alexandre Kalil (PHS) nas redes sociais.
— Aumento de 10,5% na tarifa? Calma gente. Belo Horizonte tem prefeito.
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Sem acordo, as tarifas permanecem congeladas na capital, já que a Justiça negou por duas vezes pedido de reajuste das concessionárias. Em Contagem, o preço da passagem seria reajustado em 11% e em Betim 23,5%. O prefeito de Ribeirão das Neves não informou o valor do reajuste proposto pelas empresas.
No vídeo, Junynho Martins, que está à frente de uma cidade considerada dormitório em razão da grande dependência com a capital, disse que antes do reajustar as tarifas vai propor uma ampla discussão para criar um novo modelo de transporte público.
Mesmo livre do reajuste municipal, os moradores de Ribeirão das Neves assim como de todo estado não escaparam do aumento de 3% nas passagens do sistema de transporte coletivo metropolitano de Belo Horizonte, assim como nas tarifas de viagens intermunicipais rodoviárias. O aumento foi concedido pelo governo de Minas Gerais e entrou em vigor já no primeiro dia do ano.