Uma operação da Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira (21) um médico suspeito de compartilhar e financiar a produção de material de pornografia infantil em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
Segundo a PF, quando ainda estudava medicina, o suspeito teria se associado a um australiano e uma filipina responsáveis pela produção de um vídeo que mostra uma criança de 18 meses sendo torturada e violentada sexualmente e que o foi considerado um dos registros mais degradantes de pornografia infantil em todo o mundo.
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Além desse vídeo, foram produzidos muitos outros registros com diversas vítimas, todas crianças filipinas. Uma delas foi morta e enterrada sob a cozinha da casa onde os abusos ocorriam. E, de acordo com as investigações, o médico brasileiro financiava os autores dos abusos, recebendo os vídeos e fotos em contrapartida. Ele também teria ensinado os suspeitos a obter remédios para dopar as vítimas antes dos crimes.
Ainda conforme a PF, as imagens e vídeos eram compartilhados na chamada "deep web" ou "dark web", uma parte da internet que só pode ser acessada com a utilização de softwares específicos, que permitem a navegação de forma pretensamente anônima.
Até ser preso, o médico atendia regularmente em uma Unidade de Pronto Atendimento de Uberaba. Ele deve responder pelo armazenamento e publicação de pornografia infantil, e também pelo financiamento de organização criminosa internacional, crimes cujas penas podem variar de sete a 20 anos de prisão.