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Mestrando da UFMG é premiado por cálculo que prevê chance de depressão pós-Covid

Pedro Brandão, de 22 anos, desenvolveu uma fórmula a partir de dados dos pacientes do SUS e o padrão comportamental entre eles 

Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7

Pedro recebeu o certificado de reconhecimento, US$1.000 e teve o artigo publicado
Pedro recebeu o certificado de reconhecimento, US$1.000 e teve o artigo publicado Pedro recebeu o certificado de reconhecimento, US$1.000 e teve o artigo publicado

Um mestrando da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) foi premiado após desenvolver um cálculo que prevê a probabilidade de um paciente desenvolver depressão após contrair Covid-19. Pedro Vitor Bernardes Brandão teve a sua pesquisa reconhecida pela Sociedade Norte-Americana dos Atuários,durante um concurso sobre os impactos do novo coronavírus na América Latina, que aconteceu no último mês.

Para chegar à fórmula, Pedro utilizou o banco de dados do SUS (Sistema Único de Saúde) para identificar os usuários que foram infectados pelo novo coronavírus em junho de 2020. Um ano depois, ele verificou quantos deles tinham desenvolvido depressão. A partir dos diagnósticos, conseguiu avaliar o comportamento padrão entre esse grupo.

“Avaliei todo o histórico dessas pessoas durante um ano: número de consultas, medicamentos, até chegar a um padrão. Assim, criei um cálculo em que a equipe médica consegue visualizar quem tem mais probabilidade de ter depressão”, explicou.

Segundo o estudante, a fórmula pode auxiliar para que o SUS atue de maneira preventiva no tratamento das possíveis sequelas da Covid-19.

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“Com o cálculo probabilístico, podemos agir de duas maneiras. Na qualidade de vida do paciente, tratando a doença de forma antecipada e diminuindo o impacto na sua rotina. E também na redução de custos para o SUS”, afirmou.

Premiação

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Pedro desenvolveu uma fórmula
Pedro desenvolveu uma fórmula Pedro desenvolveu uma fórmula

Pedro tem 22 anos e é formado em Ciências Atuariais, área que identifica e gerencia riscos financeiros. Foi no trabalho de conclusão de curso que ele teve contato com a área da saúde ao desenvolver uma modelagem preditiva para insuficiência renal crônica.

Neste ano, ao saber do concurso da Sociedade Norte-Americana dos Atuários, começou a estudar sobre as sequelas da Covid-19 e chegou a outra pesquisa da UFMG que apontava a doença como uma das consequências.

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“A gente aprende muita coisa na universidade, que fica só aqui dentro. A universidade é muito ativa no desenvolvimento de pesquisas, mas pode ajudar, principalmente, a nortear os próprios programas públicos, como o SUS. Vemos o sistema sucateado. Então, eu fico feliz em contribuir para que tenhamos uma melhor qualidade de atendimento”, disse.

O mestrando ganhou um certificado de reconhecimento da premiação, US$1.000, a publicação do artigo na revista da instituição e ainda pode ser convidado para se apresentar em eventos internacionais.

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