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MG cobra R$ 400 mi de produtores rurais que sonegaram impostos

Esquema de sonegação envolvia venda de mercadorias sem nota fiscal ou com nota falsa e foi descoberto em operação que envolveu 300 servidores

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Produtores de soja, milho e feijão estão entre os alvos da Receita Estadual
Produtores de soja, milho e feijão estão entre os alvos da Receita Estadual Produtores de soja, milho e feijão estão entre os alvos da Receita Estadual

O Governo de Minas Gerais pretende recuperar cerca de R$ 400 milhões em impostos sonegados por 487 produtores rurais que, nos últimos cinco anos, cometeram uma série de irregularidades para deixar de pagar o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias), um imposto estadual.

Ao todo, o esquema de sonegação causou prejuízos de cerca de R$ 1 bilhão para os cofres do Estado e da União.

Para isso, a Receita Estadual intimou e deu prazo de 15 dias para que os produtores rurais de Minas Gerais e outros 14 Estados procurem o Fisco para regularizarem as dívidas e, com isso, não tenham que responder a uma ação fiscal por crime contra a ordem tributária. 

O esquema de sonegação fiscal foi descoberto pelas investigações da Operação Ceres, deflagrada em novembro do ano passado. A força-tarefa da operação, formada por 300 servidores da Receita Estadual, Ministério Público de Minas Gerais, Polícia Civil, Polícia Militar e Receita Federal cumpriu, à época, 22 mandados de prisão e outros 46 de busca e apreensão contra uma quadrilha que agia para driblar o Fisco. 

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Leia mais: Operação combate sonegação de impostos no mercado de grãos

Com a documentação apreendida, o Governo chegou aos nomes dos quase 500 produtores rurais que vendiam mercadoria - principalmente soja, milho e feijão - sem nota fiscal, utilizavam empresas de fachada para emitir notas fiscais ou até mesmo que informavam uma quantidade inferior ao que estava sendo comercializado para pagar menos impostos. 

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Em Minas Gerais, o esquema funcionava em 41 cidades. Já os produtores de outros Estados que participavam da quadrilha usavam empresas de fachada em Unaí, a 601 km de Belo Horizonte. 

De acordo com o coordenador do Núcleo de Acompanhamento Criminal da Receita Estadual em Uberlândia, Flávio Andrada, o objetivo da intimação é que os produtores se antecipem a uma ação fiscal. 

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— Intimamos os produtores rurais para que eles possam se antecipar a uma ação fiscal. Já conseguimos recuperar R$ 18 milhões e a Justiça bloqueou 50 imóveis e 168 veículos que, ao final do processo, podem ser leiloados para que o Estado recupere o prejuízo. 

De acordo com Andrada, novas intimações devem ser feitas ao longo do ano, já que a força-tarefa ainda não analisou todos os 90 volumes de documentos apreendidos pela Operação Ceres. 

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