Secretário pede adesão ao isolamento social
Divulgação / Governo de Minas / Pedro GontijoO secretário de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, avaliou que o Estado está longe de chegar à chamada imunização de rebanho, ou seja, ao momento em que o ritmo de proliferação da covid-19 começará a cair consideravelmente devido ao alto número de infectados na região.
Os pesquisadores ainda divergem em relação ao percentual de infectados necessário para atingir o fenômeno. Alguns estudos internacionais sugerem uma contaminação entre 60% e 70% da população. Outros já apresentam níveis menores, como um estudo da Universidade de Estocolmo, que defendeu a taxa de 43%.
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De qualquer forma, o número de infectados em Minas Gerais está bem abaixo. Segundo dados do Governo Estadual, aproximadamente 0,4% da população foi contaminada pelo novo coronavírus.
— Somente quando tivermos um número significativo de pessoas que tiveram a doença é que a transmissão entre as pessoas começará a reduzir significativamente.
Ao mesmo tempo, Amaral avaliou como positivo o fato de o Estado não ter registrado um crescimento rápido no número de casos de covid-19, o que poderia ter provocado um colapso nos hospitais. Segundo o secretário, as ações de isolamento social contribuíram para frear os novos registros e deu tempo ao governo para ampliar a capacidade de atendimento no sistema de saúde.
— Neste contexto, para mim, é muito importante nós não termos tido um pico grande até o momento que levasse a uma desassistência severa no Estado, como vimos em outras regiões. Mas realmente precisamos acompanhar com o mesmo zelo e cuidado esse desenrolar até que tenhamos uma noção clara de que começamos a ter uma redução no número de casos.
Segundo dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Minas Gerais tinha até a manhã desta segunda-feira (20) 2.004 mortes causadas pelo novo coronavírus e 94.132 infectados.
Pico
O Governo de Minas estimava registrar na última semana o pico da pandemia no Estado, ou seja, a fase com o maior número de novas contaminações que seria seguida por uma redução de casos. No entanto, a SES avalia que o índice de casos diários cresceu e se manteve no patamar mais elevado, caracterizando o chamado platô.
— Há uma semana estamos vendo uma flutuação na ocupação de leitos que não mostra mais uma tendência grande ao aumento da ocupação. Quando analisamos a data dos óbitos, também estamos avaliando uma tendência de estabilização. Isso significa que há uma tendência de não termos aquele pico em que as pessoas não conseguiriam ser atendidas [nos hospitais].