A SES (Secretaria de Estado de Saúde) de Minas Gerais investiga 17 casos suspeitos de febre chikungunya no Estado, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (27). Dois registros da doença já foram confirmados, em Matozinhos e Coronel Fabriciano.
Conforme o órgão, cinco pacientes de Belo Horizonte estão com suspeita de ter contraído a febre. Os outros casos estão sendo apurados em Andradas, Coronel Fabriciano, Ibirité, Ipatinga, Lavras, Nova Serrana, Pitangui, Poços de Caldas, São Francisco de Paula, Sobrália e Varginha.
O segundo caso conformado foi o de uma paciente de 34 anos, em Coronel Fabriciano, que apresentou os primeiros sintomas no dia 8 de outubro e apresenta a forma aguda da doença. Ela está fazendo o tratamento em casa e é acompanhada por uma médica infectologista.
Já o primeiro caso foi confirmado na semana passada em Mateus Leme, região metropolitana de Belo Horizonte. Entretanto, neste caso, a transmissão teria acontecido na própria cidade.
Transmissão e sintomas
O vírus chikungunya é transmitido pela picada do mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus contaminados. Os dois mosquitos também são vetores da dengue.
A febre é uma doença semelhante à dengue. Os principais sintomas são febre alta, dor muscular, dor de cabeça e manchas pelo corpo. A diferença é que a doença pode provocar, passada a forma aguda, dores nas articulações que podem perdurar por meses e exigir o tratamento de fisioterapia.
Chikungunya, no entanto, não tem a forma hemorrágica. Por essa razão, mortes provocadas pela doença são mais raras. Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 11 de outubro, 337 casos de febre chikungunya foram registrados no Brasil, sendo 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.