Graziele Coelho Pereira trabalha em ONG que cuida de crianças parentes em Katmandu
Record MinasAs mineiros que estão no Nepal, onde um terremoto de magnitude 7,9 graus na escala Richter atingiu o país e deixou 4.000 mortos, entraram em contato com familiares que moram no Brasil. Um mulher de Belo Horizonte que está há cinco anos em Katmandu, capital nepalesa, vivenciou o terremoto e contou detalhes.
A mãe de Graziele Coelho Pereira recebeu a notícia do terremoto pela própria filha, que mandou uma mensagem de voz pelo celular. O áudio dizia: “Mãe, se você olhar no jornal, na televisão, provavelmente vai saber da noticia do terremoto aqui em Katmandu. A gente está bem. Foi forte, mas esteja orando por nós, porque pode vir um mais forte".
Graziele vive no Nepal há cinco anos e trabalha em uma ONG que cuida de crianças carentes nos arredores da capital, Katmandu. Ninguém da organização se feriu, mas todos sentiram o impacto dos tremores. Por telefone, ela conversou com a Record Minas e falou sobre o momento exato do primeiro tremor.
— Eu estava no meu quarto e, quando desci, senti o tremor. Estava muito forte e sai correndo para um lugar vago perto de casa. Depois teve um mais forte e o imóvel chegou a balançar. Em seguida, a gente viu nas montanhas a fumaça de poeira se levantando. Das 11 h, momento que começou, até às 16h30 teve por volta de 14 tremores.
Simone Nascimento Antônio, de 38 anos, é outra mineira que está no país. Ela fazia turismo quando a tragédia aconteceu. A estilista ligou para a família logo após o terremoto. Depois de quatro dias sem dar notícias, ela usou o Facebook nesta terça-feira (28) para informar que está bem.
No último sábado (25), o Nepal foi abalado pelo pior terremoto dos últimos 80 anos. Até agora, já são 4.000 mortos e mais de 7.000 feridos. Apesar do risco de novo tremores, Graziele contou à família que não quer voltar ao Brasil e que prefere ficar para ajudar.