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Mineração ilegal em MG causou prejuízo de R$ 40 mi ao governo

Justiça determinou bloqueio de bens de empresas envolvidas; PF diz que companhias retiravam, por dia, 100 caminhões de material irregular

Minas Gerais|Ezequiel Fagundes, da Record TV Minas, com Pablo Nascimento, do R7

Empresas não tinham autorização para mineração
Empresas não tinham autorização para mineração Empresas não tinham autorização para mineração

A Justiça determinou o bloqueio de bens de empresas que estariam envolvidas em um esquema ilegal de extração de minério na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Federal, as fraudes causaram um prejuízo de ao menos R$ 40 milhões ao Governo Federal.

De acordo com membros da investigação, as companhias alegavam que possuíam autorização do Governo de Minas para realizar a terraplanagem de um terreno em Nova Lima, na Grande BH, mas, na verdade, não tinham.

O inquérito aponta que a retirada da terra era feita pelas empresas Valefort e Mineração Gute Sicht. Já a Fleurs Global ficava responsável por transformar o material rochoso em matéria prima.

Apenas entre os meses de fevereiro e maio, o grupo teria retirado do terreno, por dia, 100 caminhões de terra ferruginosa, usada para extrair o minério. Segundo os investigadores, o processo aconteceu sem autorização dos órgãos ambientais.

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A ação da Polícia Federal faz parte da operação Poeira Vermelha, que combate crimes de mineração ilegal, usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Segundo a PF, a determinação da 11ª Vara Federal de Belo Horizonte bloqueia “todos os valores mantidos em contas bancárias, aplicações e fundos de previdência” dos envolvidos.

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A decisão também proíbe as atividades das empresas onde estariam ocorrendo as fraudes. Ainda de acordo com a corporação, o bloqueio de bens pode chegar a R$ 4,7 milhões para alguns dos investigados e a R$ 38,5 milhões para outros.

A Prefeitura de Nova Lima informou que desconhece os fatos e que não liberou autorização de terraplanagem para as empresas.

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A Fleurs Global informou que a sua atividade é devidamente licenciada, e possui "todas as autorizações necessárias ao seu regular funcionamento". A empresa disse, ainda, que vem contribuindo com a investigação, que se colocou à disposição das autoridades e que "está certa de que não praticou absolutamente nenhum ilícito".

A Valefort e Mineração Gute Sicht foram procuradas, mas ainda não responderam às demandas. A reportagem tenta contato com a Fleurs Global.

Investigações

Em outra fase da operação, realizada em julho de 2019, agentes da PF apreenderam uma escavadeira de esteira, uma retroescavadeira, cinco caminhões caçamba e duas carretas caçamba em um terreno na cidade de Nova Lima.

Na época, os investigadores já haviam indicado que os suspeitos estariam simulando atividades de terraplenagem em terrenos urbanos para esconder o esquema de extração ilegal de minério.

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