Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Modelo e professora de BH relata injúria racial: "seu cabelo assusta"

Jovem de 21 anos conta que foi abordada por homem que diz ser fotógrafo enquanto ia para a academia, no bairro Cachoeirinha

Minas Gerais|Mayara Folco, da Record TV Minas

Uma professora e modelo, de 21 anos, relata ter sido vítima de injúria racial enquanto ia para a academia, no bairro Cachoeirinha, na região Nordeste de Belo Horizonte.

Ludmila Cassemiro gravou o diálogo com um homem que se diz fotógrafo, que teria a abordado na rua. No vídeo, é possível ver o suspeito criticando o cabelo da jovem.

"A base dele e a ponta é a mesma", diz o homem. "Então meu cabelo assusta?", retruca a modelo. "Assusta. Eu sempre quis falar isso para você, que o seu cabelo assusta as pessoas", dispara o suspeito. Ao ser criticado pela jovem, o suspeito tenta se justificar: "mas eu sou fotógrafo, posso falar". A jovem o chama de racista e ele nega.

A modelo publicou o vídeo em uma rede social, desabafando pelo sofrimento vivido. A gravação repercutiu entre os seguidores. A jovem relatou à Record TV Minas que não conhece o homem.

Publicidade
Vítima promete acionar o Ministério Público
Vítima promete acionar o Ministério Público Vítima promete acionar o Ministério Público

— Esse senhor de aproximadamente 45 anos, de pele branca, vinha na direção opasta. Eu iria comprimentá-lo já que iria passar por ele, mas antes que eu desejasse "boa tarde", ele já veio dizendo que sempre quis me falar que o meu cabelo assustava as pessoas e que eu deveria me colocar no meu.

Depois que o vídeo foi publicado nas redes sociais, Ludmila foi procurada por diversos advogados que se ofereceram para pegar caso de graça. A jovem diz que vai acionar o Ministério Público e a polícia para denunciar o caso, mesmo não tendo conseguido filmar o rosto do suspeito.

Publicidade

— Não consegui gravar o rosto dele porque ele iria percerber que eu estava filmando. Isso mexe muito com meu emocional. Durante muito tempo fomos ensinados a ser tolerados de acordo com o padrão nos exige. A partir do momento em que a gente quebra o padrão, somos expulsos do ciclo social.

Injúria racial em Minas

De acordo com a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais), em 2020 foram registrados 10.025 casos de injúria racial no Estado. De janeiro a junho deste ano, foram 5.545 ocorrências.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.