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Mordida de cunhada no braço mata pedreiro em Passos

Polícia investiga se médicos prestaram socorro adequado em unidade de saúde

Minas Gerais|Enzo Menezes, do R7

Suspeita vai responder por lesão corporal seguida de morte
Suspeita vai responder por lesão corporal seguida de morte Suspeita vai responder por lesão corporal seguida de morte

Mordido pela cunhada durante uma briga, um pedreiro teve parte da pele do braço arrancada e, sem tratamento adequado, morreu dez dias depois em Passos, no sul de Minas. A morte de Nilton José da Silva, de 32 anos, é investigada pela Polícia Civil, que pode indiciar dois médicos que liberaram o paciente sem a realização de exames.

Antes de procurar a Unidade de Pronto Atendimento da cidade, a vítima tentou curar o ferimento por sete dias e agravou o quadro por ter passado etanol, comprado em um posto de combustíveis, pensando que teria alívio.

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Segundo o delegado Marcos Pimenta, a briga aconteceu em 23 de fevereiro no bairro Candeias. Nilton da Silva tentava separar uma briga entre o irmão e a cunhada quando foi mordido.

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— O irmão brigou com a companheira, foi para a casa dos pais e levou as crianças. Nervosa, a mulher foi tirar satisfação e, quando o Nilton tentou separar, foi agredido. Foi uma mordida violenta, que arrancou parte da pele.

Os primeiros socorros complicaram o caso. A mãe do pedreiro o orientou a passar álcool combustível, comprado em um posto, para tratar o ferimento. Dias depois, um médico receitou anti-inflamatório e remédio para gripe sem fazer exames.

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— Depois de uma semana sem conseguir trabalhar, ele procurou a UPA e foi liberado. No dia seguinte (5), voltou com muita dor e outro médico receitou remédio contra infecção, mas o liberou. O Nilton pediu para tomar soro, e na troca do plantão, o novo médico achou o quadro gravíssimo e encaminhou para a Santa Casa. Durante a cirurgia, os médicos viram que a infecção se alastrou e o paciente acabou morrendo.

O corpo acabou sendo enterrado sem análise do IML (Instituto Médico Legal), que só tomou conhecimento do caso no dia 11, quando a família foi até a delegacia. O policial abriu inquérito e deve indiciar a cunhada da vítima por lesão corporal seguida de morte, com pena que pode variar de quatro a 12 anos. Seis médicos foram chamados para prestar depoimento na próxima semana.

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— Ela é dona de casa uma pessoa muito simples, toma remédio controlado e pelo depoimento ficou claro que não tinha intenção de matar, então vai responder em liberdade. Vamos avaliar pela análise do IML se os médicos seguiram as recomendações e se houve alguma negligência no caso.

Uma exumação também não está descartada, já que o corpo de Nilton da Silva foi enterrado sem análise de médico legista.

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