De acordo com a polícia, os dois últimos jovens presos, suspeitos de envolvimento na morte da grávida encontrada sem o bebê, em Ituiutaba, no Triângulo mineiro, responderão pelos mesmos crimes que os suspeitos já detidos.
Segundo a delegada da Polícia Civil Roberta Borges, Michel Nogueira de Oliveira, de 27 anos, teria sido o motorista do carro que levou os suspeitos e a vítima da cidade de Uberada para Ituiutaba, onde a vítima foi encontrada. Luís Felipe Moraes, de 19 anos, teria ajudado na ação.
— Eles atuaram na prática criminosa. O Michel que veio dirigindo o veículo. O Luís Felipe veio junto, envolvido em todos os crimes.
Os dois são de Ituiutaba e trabalhavam como auxiliares de serviço geral em Uberlândia. Eles se entregaram à Polícia Civil de Ituiutaba nesta segunda-feira (29).
Na delegacia de Ituiutaba, Luís Felipe e Michel negaram a participação no assassinato. Eles disseram à polícia que foram contratados por Shirley para levar Greiciara até a represa.
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De acordo com o delegado Carlos Antônio Fernandes, da Polícia Civil, os dois homens presos vão ser acusados pelos mesmos crimes que os outros quatro. São eles: homicídio duplamente qualificado, sequestro, ocultação de cadáver e subtração de incapaz.
— Cada um quer jogar a participação, como se fosse somente o homicídio o crime mais brutal, mas aconteceram muitos outros fatos. Entre eles, subtração, sequestro e a tortura da vítima para realizar o parto. Mas a atuação de cada um já está definida através dos depoimentos e investigações.
Relembre o caso
O crime aconteceu há mais de uma semana. Greiciara Belo Vieira, de 19 anos, estava grávida de 8 meses, quando saiu de casa para encontrar uma amiga e desapareceu. O corpo foi encontrado três dias depois, em uma represa em Ituiutaba.
Horas depois, quatro pessoas foram presas . A cabeleireira Shirley Benfica, de 30 anos, acusada de ser a mandante do crime; Jacira Santos de Oliveira, de 60 anos, que teria feito a cesariana clandestina; e as transexuais Mirella, de 22 anos e Yasmim, de 24 anos, suspeitas de negociar a criança.
De acordo com as investigações da polícia, Shirley pararia pelo bebê com apliques de cabelo e um smartphone, de aproximadamente R$ 3 mil.