Moradores observam fuselagem do avião que caiu em rua no bairro Caiçara
Reprodução/RecordTV MinasO MPF (Ministério Público Federal) em Minas Gerais abriu um procedimento no ano passado para investigar "eventual falta de segurança ou proteção" no Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte. Na manhã desta segunda-feira (21), uma aeronave decolou do local e caiu em uma rua em um bairro residencial vizinho, causando a morte de três pessoas. Outros três ficaram feridos.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o procedimento também busca saber se há omissão dos órgãos responsáveis. Dois inquéritos civis foram abertos para acompanhar questões ambientais também relacionadas ao aeroporto, como poluição sonora e possíveis irregularidades no licenciamento ambiental. De acordo com o órgão, as apurações estão em andamento.
Desde 2010, o Aeroporto Carlos Prates já registrou sete acidentes aéreos, segundo dados do Sipaer (Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Vídeo mostra o momento da queda de avião monomotor em BH
Em abril de 2010, um monomotor de prefixo PT-NYV apresentou falhas mecânicas e precisou fazer um pouso de emergência. Ninguém ficou ferido. Dois anos mais tarde, em maio de 2012, a mesma aeronave fez um pouso longo, que ocorre quando ele não consegue parar dentro da extensão da pista.
Em agosto de 2012, uma aeronave de prefixo PT-HZE não conseguiu chegar até a pista e caiu antes de pousar. Dois anos depois, uma falha no motor, fez um avião experimental fazer um pouso de emergência no local.
Os outros três acidentes ocorreram neste ano. Em abril, um monomotor saiu da pista e tombou no momento em que pousava. Três dias depois, um outro monomotor, de prefizo PT-DME caiu na rua Minerva, logo após decolar. O mesmo local assistiu, nesta segunda-feira (21), um acidente ainda mais grave, com três pessoas mortas.