Laís Andrade Fonseca, de 30 anos, morta pelo ex-companheiro dentro de uma viatura da PM (Polícia Militar), em Pavão, no Vale do Aço mineiro, era mãe de um garoto de oito anos. O ataque com uma faca aconteceu enquanto o casal seguia para a delegacia após uma denúncia da mulher.
Os dois estavam separados há três meses, mas no último sábado (7), Laís descobriu que o ex instalou uma câmera no banheiro da casa dela para monitorá-la. Segundo as investigações, o homem, de 34 anos, temia que Laís estivesse em outro relacionamento. A mulher acionou a polícia e o suspeito foi preso e levado para o quartel. Após fazer o boletim de ocorrências, os policiais seguiram com o casal para a delegacia de Polícia Civil de Teófilo Otoni, a cerca de 100 quilômetros de distância. Os dois foram colocados juntos no banco de trás da viatura e o suspeito não estava algemado.
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No caminhou, ele pegou uma faca escondida na roupa e golpeou Laís. Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito revelou que pegou o objeto na casa dele, quando passou no local para pegar os documentos e não teria sido revistado novamente pelos guardas. Os dois policias miliares envolvidos na ocorrência foram presos por não tomar as medidas de segurança. O suspeito do crime foi preso e encaminhado para o presídio de Teófilo Otoni. As investigações devem ser concluídas na próxima semana.
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O casal se conheceu, trabalhando, em um restaurante em Pavão. Pouco depois, eles começaram a namorara e foram morar juntos. Orlando Quaresma, pai de Laís, afirma que o relacionamento sempre foi problemático. Após três anos juntos, eles se separaram em julho deste ano, após a Laís encontrar mensagens de outra mulher no celular do companheiro.
— Não justifica o que ele fez. Ele não tinha nenhuma razão. Eles estavam indo retirar uma queixa.
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