Akinruli alegou que era cônsul e empresário
Reprodução / Record TV MinasO Ministério das Relações Exteriores informou, nesta segunda-feira (18), que o nigeriano suspeito de sequestrar a filha belo-horizontina não é cônsul do país africano, conforme ele informou à Justiça mineira.
Michael Olusegun Akinruli conseguiu autorização judicial para viajar para o país natal com a menina de 9 anos. Ele deveria ter retorno ao Brasil com a criança no dia três de fevereiro, mas isto não aconteceu.
Na última semana, o juiz Marcos Flávio Lucas Padula, resposável por autorizar o passeio, admitiu que a criança é considerada sequestrada e determinou que seja expedido um mandado de cooperação internacional para localizá-la.
Menina sequestrada para África relatou medo de viajar com o pai
Segundo o Itamaraty, o nome de Akinruli não consta em nenhuma lista como sendo cônsul da Nigéria em Minas Gerais. O órgão informou que existem dois tipos de cônsul: de carreira e honorário. Contudo, o nigeriano naturalizado brasileiro não ocupa nenhum dos cargos.
Viagem
A função de cônsul da Nigéria foi utilizada pela defesa do nigeriano para justificar o pedido de viagem com a filha.
A autorização para sair do Brasil foi dada por decisão liminar do juiz da Infância e Juventude de Belo Horizonte, Marcos Flávio Lúcio Padula, em 20 de dezembro de 2018.
A mãe da menina, a psicóloga Laurimar de Jesus Pires, só soube da viagem, por meio de e-mail, um dia depois da criança chegar na Nigéria. Mãe e filha estão sem se comunicar.
Na última semana, o juiz Marcos Padula admitiu que a criança foi sequestrada pelo pai e pediu cooperação internacional para tentar trazer a menina de volta, pois a Nigéria não tem acordo de extradição com o Brasil.
O R7 apurou com fontes do Itamaraty que o Ministério das Relações Exteriores e o Consulado do Brasil em Lagos, na Nigéria, estão acompanhando o caso de perto e já estão em contato com familiares da menina em Belo Horizonte. A reportagem tentou contato com a defesa do suspeito, mas não teve retorno.
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