Padrasto foi considerado culpado por crime que ocorreu há quase três anos
Divulgação/TJMGUm homem foi condenado nesta sexta-feira (23) a 18 anos de prisão em regime fechado por ter matado a enteada de apenas um ano e meio. Leandro Venceslau Ferreira, padrasto da menina Eloá, foi considerado culpado pelo júri por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e por feminicídio. Ele pode recorrer da decisão.
Diante dos jurados, o homem confessou a autoria do crime, mas preferiu permanecer calado diante do júri, não revelando detalhes de como a morte da criança ocorreu.
O crime aconteceu no dia 26 de dezembro de 2016, por volta das 17h30, no bairro Conjunto Esperança, em Belo Horizonte. A menina foi deixada pela mãe aos cuidados do então companheiro para que pudesse sair para trabalhar. Sozinho com Eloá em casa, Leandro agrediu a menina com golpes na cabeça, a abandonou e fugiu do local.
Segundo denúncia do Ministério Público, duas horas após as agressões, a mãe da menina chegou do trabalho e encontrou sua filha desacordada, mas ainda com vida. A criança foi levada ao hospital, graças a ajuda de vizinhos, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O promotor de Justiça Herman Lott ressaltou a crueldade do ato, de "quem estava ali para proteger e garantir a segurança da enteada foi a pessoa que a agrediu e matou.”
O defensor público Marcelo Tadeu de Oliveira não pediu a absolvição do réu, mas tentou retirar da acusação as qualificadoras de motivo torpe e de emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima. O Conselho de Sentença, no entanto, condenou o padrasto com todas as três agravantes.