Jogador foi levado para o presídio de Varginha na tarde desta quinta-feira (27)
Reprodução / Rede Mais - Afiliada da RecordTV em VarginhaApós divulgar, no início da noite desta quinta-feira (27), que o goleiro Bruno Fernades seria transferido para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, a Seap (Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais) informou que, por ondem da Justiça, o jogador vai ser transferido para a Penitenciária de Três Corações, no sul de Minas Gerais. O jogador se entregou à polícia, nesta tarde, em Varginha, também no sul do Estado, após o STF anular o habeas corpus concedido a ele.
O atleta chegou por volta das 13h45 na Delegacia Regional da Polícia Civil. Após fazer exames de corpo de delito, Fernandes foi levado para o presídio da cidade, onde permanece até o momento. Na unidade de Três Corações, Fernades vai ficar em uma cela individual que possui cama, pia e vaso sanitário de alvenaria. De acordo com a Seap, o atleta que já ficou preso por seis anos, passou duas temporadas na Penitenciária Nelson Hungria entre os anos de 2010 e 2015. Seis meses da pena foram cumpridos na Penitenciária de Francisco Sá, no norte de Minas. De setembro de 2015 a fevereiro deste ano, quando foi solto, o jogador estava na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Santa Luzia, também na Grande BH.
Habeas corpus
O jogador que atualmente defende do Boa Esporte, de Varginha, é condanado a 22 anos e três meses de prisão, em regime fechado, pela morte da ex-amante Eliza Samudio. O goleiro foi solto no dia 24 de fevereiro, graças a um habeas corpus concedido pelo ministro do STF, Marco Aurélio Mello. O decisão foi dada após o magistrado considerar excessiva a demora da análise de um recurso apresentado pelos advogados do jogador. O pedido foi enviado à Justiça em 2013 e, até hoje, não foi apreciado. Assim, para o entendimento de Mello, Fernades teria o direito de aguardar o julgamento em liberdade. Porém, para o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, não foi constatado excesso de prazo atribuível à inércia dos órgãos judiciários e, por isso, o documento foi revogado com a maioria dos votos e foi reestabelecida a prisão anteriormente decretada ao jogador.
Dos quatro ministros presente na reunião, apenas o ministro Marco Aurélio Mello votou a favor da manutenção do benefício ao goleiro. Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram contra.
* Com supervisão de Flávia Martins y Miguel
A equipe da Rede Mais, afiliada da RecordTV em Varginha, acompanhou o momento em que o goleiro deixou o hotel, rumo à delegacia. Confira: