Revisão dos estudos será feita por auditoria externa independente
Divulgação/Corpo de BombeirosA Vale se comprometeu a elaborar e revisar os estudos de "dam break" de todas as suas 91 barragens localizadas em Minas Gerais. A mineradora assinou um Termo de Compromisso com o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) e a AGE (Advocacia-Geral do Estado) no início da semana.
O "dam break" é um relatório que avalia o cenário de ruptura hipotética e ajuda na elaboração de planos de emergência em caso de um rompimento da estrutura. É nele que consta, por exemplo, o tamanho e a extensão da mancha de lama que escaparia da barragem.
Os novos estudos de cenário de ruptura hipotética deverão ser realizados com base em dados técnicos específicos para cada barragem. A empresa deverá também identificar, nas manchas de inundação, as residências e equipamentos urbanos, como escolas, hospitais, presídios e bens culturais que seriam atingidos em caso de rompimento da estrutura.
O Termo de Compromisso engloba 91 estruturas em 22 minas da Vale situadas em Minas Gerais e que estão inseridas na Política Estadual de Segurança de Barragens. Dentre elas, há 17 sem garantia de estabilidade (quatro estão classificadas em nível de emergência 3; duas em nível 2; e 11 em nível 1).
Uma empresa especializada, contratada pela Vale, irá informar o MPMG e órgãos de Estado todos os meses sobre os estudos e cumprimento do cronograma. Pelo acordo, a Vale se compromete a considerar em sua atuação as recomendações feitas pela auditoria técnica independente.
A mineradora também deve adotar medidas decorrentes da atualização das áreas de inundação, entre elas, a revisão do Plano de Segurança das Barragens e, em especial, do Plano de Ações Emergenciais. Dentre as mudanças podem estar novas adequações de rotas de fuga e pontos de encontro, implantação de sinalização de campo e de sistema de alerta, estratégias para evacuação e resgate da população, comunicação, dentre outras.