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PMs são condenados por envolvimento com bingos e caça-níqueis na Grande BH

Nove dos 18 denunciados eram PMs e respondiam por corrupção

Minas Gerais|Do R7

Grupo agia no centro de BH, na Pampulha e na Cidade Industrial
Grupo agia no centro de BH, na Pampulha e na Cidade Industrial Grupo agia no centro de BH, na Pampulha e na Cidade Industrial

A Justiça Federal condenou 18 pessoas que integravam uma quadrilha voltada à exploração de jogos de azar como bicho, bingo e caça-níqueis no centro de BH, na Pampulha e na Cidade Industrial, em Contagem, na região metropolitana. O grupo possuía 116 lojas em funcionamento.

Entre os processados, nove são militares. A quadrilha foi condenada por corrupção, lavagem de dinheiro e contrabando. A investigação começou em 2009, com a Operação Safari, quando seus principais integrandes foram presos preventivamente.

O controle das lojas era divido entre seus quatro líderes: Sebastião Lourenço, Juvenilton Máximo da Fonseca, Edson Cardoso da Costa e Carlos Eduardo Cadogan, que foram condenados por contrabando, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.

As investigações apontaram a participação no esquema criminoso de 11 policiais, sendo nove civis e dois militares, com destaque para o inspetor de Polícia Civil Cláudio Luiz Antunes de Siqueira, atualmente aposentado. Ele era responsável por manter o elo entre os policiais e membros da quadrilha responsáveis pelo pagamento das respectivas propinas.

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Condenações

Os quatro líderes da quadrilha receberam, cada um, pena total de 12 anos e 2 meses de prisão. Os gerentes foram condenados por contrabando e corrupção ativa, terão de cumprir pena de 4 anos e 7 meses de prisão.

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Os policiais Cláudio Luiz Siqueira, André Luiz Olegário, Marcelo Hess, Gutemberg Ferraz, Marco Aurélio da Silva, Waltercide Oliveira, Leonardo Rodrigo da Silva, Aziz Salim Salomão Júnior e Luciano Trajano Campos foram condenados por corrupção passiva, recebendo pena, cada um, de 3 anos e 4 meses de reclusão, que foi substituída por prestação de serviços à comunidade.

A contadora da quadrilha Rosângela Sanguinete foi condenada por lavagem de dinheiro. Sua pena, de 3 anos e 6 meses, também foi substituída por prestação de serviços.

A sentença ainda decretou a perda do cargo público de todos os policiais, assim como dos bens acumulados pelos líderes do bando, porque, segundo o juizado federal, todo o patrimônio acumulado por eles derivou da prática de atividades ilícitas, não havendo registro "nos autos de nenhuma outra atividade diversa da exploração de jogos de azar".

Hierarquia

Sebastião Lourenço, conhecido como Dom Lázaro, era, na época da investigação, o principal líder da organização criminosa, atuando em todas as vertentes. Juvenilton Máximo, conhecido por Nilton era o outro chefe da quadrilha, próximo de Sebastião, e participava mais do controle financeiro do grupo. Edson Cardoso da Costa, conhecido por Presidente, era responsável por suas próprias lojas, assim como Carlos Eduardo Cadogan, conhecido por Dudu, dono da rede MG Din Din.

Logo abaixo dos líderes, vinham os gerentes-gerais, pessoas de extrema confiança dos chefes, responsáveis pelo dia a dia das lojas de jogos, que eram Thales Forest Zeferino e Leonardo Carmona.

Em seguida, vinham os subgerentes, responsáveis por lojas específicas e pelo pagamento de propina aos policiais encarregadas da repressão nas áreas onde suas lojas estavam instaladas. Os subgerentes da organização eram Roberto dos Santos Damasceno e Gleidson Farias.

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