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Polícia Civil vai investigar professora que teria chamado aluno de "retardado"

Estudante de 11 anos afirma que foi ridicularizado por causa uma cicatriz que tem na cabeça

Minas Gerais|Márcia Costanti, do R7

Diretoria da escola, que fica em Venda Nova, nega as ofensas
Diretoria da escola, que fica em Venda Nova, nega as ofensas Diretoria da escola, que fica em Venda Nova, nega as ofensas

A Polícia Civil vai investigar o caso do aluno de 11 anos que teria sido chamado de "retardado" por uma professora identificada somente como Maria Cristina, em Belo Horizonte. A criança, que cursa o 5º ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal Antônia Ferreira, bairro São João Batista, na região de Venda Nova, teria sido ridicularizada pela educadora, de acordo com o relato feito pela mãe do menor à PM.

Segundo a responsável, durante uma discussão entre o filho e a professora, a mulher teria questionado se ele tinha "algum problema de cabeça" e, em tom irônico, afirmado que a cicatriz que o menino tem na cabeça decorrente de um acidente teria lhe deixado "retardado". A mãe do menor registrou boletim de ocorrência contra a professora no dia 11 de dezembro. Ela contou ainda que o estudante chegou a pedir para que a mãe pintasse sua cicatriz da cor de seu cabelo e, assim, ninguém mais pudesse ver.

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Lembre o caso

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O garoto foi atropelado aos quatro anos de idade e passou por várias cirurgias na cabeça. Por causa das operações, parte do seu cabelo não cresce no lugar onde existem cicatrizes.

No início deste mês, a família teria percebido um comportamento estranho do nebubi, que, segundo os parentes, estava sério, triste e sem vontade de brincar. Depois de perguntado sobre o que estava acontecendo na escola, ele acabou contando sobre o xingamento da professora.

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— Eu estava sentado na mesa, ela bateu na mesa e chegou e me falou: "Menino, você está com problema de cabeça? Essa batida que você deu aí te deixou retardado?" Eu falei que não. Eu abaixei a cabeça e deitei lá na mesa e fiquei quieto, triste.

A mãe diz que ainda está preocupada com as consequências da suposta agressão verbal que o menino foi submetido.

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— Ele não sente mais vontade de brincar, não quer ir pra escola. Ele quase não dorme, ele acorda, me chama, ele pergunta se eu posso colorir a cabeça dele com lápis creon. Não é mais a mesma pessoa. Isso eu não posso aceitar, é muito triste para uma mãe.

De acordo com laudos psicológicos apresentados pela mãe, o estudante não tem nenhum disturbio mental e não sofre de nenhum trauma psicológico. A Secretaria Municipal de Educação informou que vai apurar o caso, mas que a diretoria da Escola Municipal Antônio Ferreira nega as ofensas.

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