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Polícia faz buscas na casa de suspeito de abusos em colégio

Ao menos cinco pais de BH denunciaram supostos casos após conversarem com os filhos, que têm entre três e quatro anos; suspeito nega os crimes

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Polícia Civil ficou responsável por investigar o caso
Polícia Civil ficou responsável por investigar o caso Polícia Civil ficou responsável por investigar o caso

A Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu, na manhã desta quinta-feira (10), um mandado de busca e apreensão na casa do estudante de educação física suspeito de abusar sexualmente de crianças que estudam em um colégio particular do bairro Nova Floresta, na região Nordeste de Belo Horizonte. As suspostas vítimas têm entre três e quatro anos.

Hudson Nunes, de 22 anos, trabalhava como auxiliar de professor na escola, mas foi afastado após as denúncias. As investigações começaram quando uma família procurou a polícia relatando que o filho de três anos passou a ter comportamento estranho, como querer beijar a boca da mãe. Os pais contaram que conversaram com a criança até o momento em que ela teria dito que aprendeu a fazer aquilo com o professor.

Com a divulgação dos relatos, outros pais conversaram com os filhos, suspeitaram de possíveis e também acionaram a polícia. Até o momento, os investigadores apuram cinco casos suspeitos. O jovem apontado como responsável pelos abusos nega os crimes.

Fabiano Lopes, advogado que defende Nunes, informou ao R7 que a Polícia Civil apreendeu um celular antigo do cliente que foi encontrado na casa dele, nesta manhã. O defensor destacou que o jovem mora em uma casa simples, não tem computador e outros objetos eletrônicos que pudessem ser levados. Lopes afirmou ainda que está recolhendo depoimento de pais para comprovar a índole do jovem.

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— Hoje já tenho conversa marcada com quatro pais e isso vai ajudar a provar a boa índole do Hudson.

Em entrevista à RecordTV Minas, na última terça-feira (8), Nunes negou todas as acusações. O estudante destacou que trabalhava no colégio há quase cinco anos e, frequentemente, era chamado pelos pais das crianças para fazer monitoria em festas infantis.

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Chorando, o jovem disse que o relato da mãe apontando que os abusos teriam acontecido no banheiro da escola são incoerentes com as atividades desempenhadas por ele no local.

— Eu não tenho autonomia para tirar uma criança de dentro de sala, muito menos da aula de Educação Física. Eu apenas auxilio o professor. Essa parte de quem leva no banheiro, quem troca de roupa, quem sobe com os meninos para as quadras, são as estagiárias de pedagogia.

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Em nota enviada à imprensa nesta quarta-feira (10), o Colégio Magnum declarou que está cooperando com as investigações sobre o caso e que está prestando assistência jurídica e psicológica para os funcionários e familiares envolvidos.

Segundo a Polícia Civil, 33 pessoas prestaram depoimentos até o momento. "O suspeito ainda não foi ouvido pela polícia. Outras diligências ainda serão realizadas e não há prazo para a conclusão do inquérito", informou a corporação em nota..

Assista à entrevista com o suspeito dos abusos:

Veja a íntegra da nota do Colégio Magnum:

“A todo o momento, desde que teve conhecimento do caso, a escola tem tomando todas as providências necessárias para auxiliar na apuração. Continuaremos com a nossa conduta responsável, sem expor nomes, dando assistência jurídica e psicológica para todos colaboradores e familiares envolvidos. Neste momento, o inquérito tramita sob sigilo, e a escola respeita essa orientação.

A escola reafirma que o afastamento do colaborador, na última semana, visou preservar a integridade de todos os envolvidos e a transparência da apuração do caso. Em relação às suposições ocorridas hoje, a escola nega veemente e atesta que não recebeu nenhum comunicado dos órgãos oficiais dizendo o contrário.

É importante ressaltar que as autoridades envolvidas estão muito dedicadas no esclarecimento do caso e isso nos traz esperança de que, logo, a verdade virá à tona. A escola lamenta a ocorrência de falta de conduta ética por algumas pessoas nas redes sociais e em outros meios. Afinal, vidas estão sendo expostas sem que a investigação tenha sido concluída.”

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