Quatro pessoas presas por assassinatos cometidos em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, entre 2013 e 2014, foram apresentadas nesta quarta-feira (4). Uma das mortes foi motivada pela inveja causada pela beleza da vítima, que tinha sido colega de escola dos agressores.
Vinícius Andrade Rodrigues, de 21 anos, Gladystone Pereira Andrade Leite, e Geovanni da Silva Santos, ambos de 20 anos, foram presos pelo crime que aconteceu em agosto de 2013 durante uma festa de aniversário. Henrique Diniz Maximiano Martins, de 18 anos, foi atraído pelo trio para fora da casa, no bairro Baronesa, onde foi executado a tiros. Os autores, que já estudaram com a vítima e estão ligados a um mesmo grupo criminoso, fugiram em seguida.
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Segundo o delegado Cristiano Xavier, os suspeitos não gostavam do sucesso que Diniz fazia com as garotas.
— Eram colegas de escola, mas a vítima tinha um padrão de vida melhor e os outros três não gostavam disso. Também tinham inveja da aparência dele. O Geovanni confessou e tentou livrar os comparsas porque era menor de idade na época do crime. Ele falou aqui na delegacia que matou porque ele "pegou" uma menina.
Um indício complica Gladystone Pereira: um revólver 9 mm apreendido com ele passou por perícia e apontou que os disparos que atingiram Diniz saíram dessa arma.
Tráfico de drogas
Edenilson Alves de Freitas, de 21 anos, é apontado como responsável pela morte de Glauber Júnior Borges, de 32 anos. De acordo com as investigações, a vítima foi assassinada depois de ter encontrado droga em um terreno e ter entregue à polícia. A atitude do jovem irritou Freitas, que é integrante do grupo criminoso dono dos entorpecentes. Borges foi morto em dezembro de 2014, quando chegava do trabalho, no bairro Kennedy. Um outro criminoso envolvido no assassinato teria morrido por overdose dois meses após o crime.
A operação "Inocentes", realizada pela equipe de DHPP (Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa), recebeu esse nome porque as vítimas não tinham envolvimento com a criminalidade.