Lucas jogou nas categorias de base do Cruzeiro
Record MinasA Polícia Civil analisa o DNA de dois corpos que podem ser do jogador de futebol Lucas Azevedo Pinheiro, de 24 anos. O jovem sumiu há quase um mês, depois de comprar uma casa de R$ 80 mil à vista.
O chefe do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Wagner Pinto, não descarta a possibilidade do jogador estar morto.— Há grande probabilidade dele estar morto. Nós temos que trabalhar com a realidade, mas temos que primeiro buscar a identificação de um corpo que seja do Lucas.
O Instituto de Criminalística está comparando o DNA de familiares de Pinheiro com o material genético de dois corpos. Um deles foi encontrado em Igarapé, carbonizado, sem a cabeça e com as mãos algemadas. Próximo aos restos mortais havia um pedaço de estofado de automóvel, também queimado. Três dias depois de sumir, o carro que Lucas dirigia foi encontrado queimado em Brumadinho, na região metropolitana.
O outro corpo foi encontrado parcialmente enterrado, na zona rural de Juatuba. O que chamou a atenção do delegado foi a tatuagem em uma das pernas, igual à do jogador.
— Nós temos que fazer o trabalho de DNA devido ao estado de decomposição dos corpos para buscar a identificação dessas vítimas.
Lucas saiu de Capelinha, no interior de Minas, para jogar futebol profissional. Ele autou nas categorias de base do Cruzeiro e em outros times do Estado e do Rio de Janeiro, mas não teve sorte. Para pagar as despesas na capital, passou a vender roupas e acabaou ganhando muito dinheiro.
Casa
A casa comprada pelo rapaz fica na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Mesmo com o pagamento à vista, o ex-dono se recusava a dar o recibo de venda, conforme familiares. Esta é uma das principais linhas de investigação.
— Nós estamos trabalhando justamente com informações dadas por amigos, pela namorada.
A família prefere esperar a conclusão da investigação para falar sobre o assunto.