O investigador da Polícia Civil Lúcio Lírio Leal, de 22 anos, acusado de matar o jornalista Rodrigo Neto, de 38 anos, em Ipatinga, no Vale do Aço, é julgado em júri popular nesta quinta-feira (28). Em depoimento ele negou o crime.
O policial afirmou que não sabe quem seria o responsável pelo assassinato e não saberia identificar Rodrigo Neto se o visse entre outras pessoas, visto que não o conhecia.
A primeira testemunha de acusação a ser ouvida, o policial civil Roberto Márcio de Oliveira Júnior informou que s investigações apontam para a participação do acusado no crime. Ele afirmou ainda que Alessandro Neves Augusto, outro suspeito neste caso, era conhecido por ser um "matador". Outro policial, Thiago Eustáquio da Silva Resende, também depôs e confirmou a versão de Augusto.
Após um intervalo de 40 minutos, defesa e acusação debatem. O promotor de Justiça, Francisco Angelo, diz não restar dúvidas da culpa do réu.
Entenda o caso
Leal foi detido em maio do ano passado e, em fevereiro deste ano, o magistrado determinou Leal e outro réu, Alessandro Augusto Neves, o Pilote, de 31 anos, fossem julgados por um júri popular. O processo foi desmembrado e, por isso, o policial senta primeiro no banco dos réus.
Os dois são suspeitos de integrar um grupo de exterminio, que ainda está sendo apurado. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Neves seria o responsável por disparar os tiros que mataram o jornalista em março de 2013. Ele estava na garupa de uma moto quando surpreendeu Neto e o atingiu várias vezes, nas regiões da cabeça e do tórax. A rota de fuga teria sido traçada pelo investigador, que passou pelo local momentos antes e avisou o comparsa da presença e posição da vítima.
O crime teria sido motivado pelas constantes denúncias feitas por Neto com relação aos homícidios não solucionados na região.