Um policial militar reformado foi preso neste sábado (21) suspeito de torturar a mulher em Montes Claros, a 422 km de Belo Horizonte. Além de agredi-la, ele teria obrigado a vítima a comer pedaços de vidro.
De acordo com a Polícia Militar, o suspeito teria buscado a namorada em um armazém onde ela trabalha. De lá, eles seguiram para a zona rural da cidade. No caminho, o suspeito teria dado socos na vítima e batido a cabeça dela no vidro do veículo. Já em uma área isolada, ele teria cortado as roupas e os pés da vítima e obrigado a mulher a mastigar cacos de vidro. Ela ainda teria sido pisada e levado puxões de cabelo.
A sessão de tortura teria durado, aproximadamente, uma hora e teria sido motivada por ciúmes. Além de chutes e socos, o homem também teria usado um osso de vaca e um pedaço de vaso sanitário. A delegada da Polícia Civil, Áurea de Freitas, comenta que a mulher passou uma situação trágica, sendo torturada não só fisicamente, como psicologicamente.
— Violência brutal. Foi literalmente uma sessão de tortura. Ele queria que ela confessasse uma traição, provavelmente fruto da imaginação dele.
Após as agressões, o suspeito retornou com a mulher para a zona urbana da cidade. Ao passarem na porta de um hospital municipal, a vítima abriu a porta do carro e conseguiu fugir, procurando ajuda no hospital. No local, os enfermeiros identificaram diversos cortes e hematomas espalhados por todo o corpo.
O casal vive em união estável há, pelo menos, 10 anos. Em 2012 e 2015, ela já teria feito denúncias de agressão. Há também a suspeita do policial militar reformado ter algum tipo de deficiência mental.
Segundo a Polícia Civil, os exames iniciais apontam que a vítima sofreu lesões graves e chegou, inclusive, a desmaiar. A vítima deve passar em breve por uma avaliação ortopédica e também deve prestar depoimento. O autor ainda não se pronunciar e também deve prestar depoimento.
A Polícia Civil investiga o caso.