Marília Campos (PT), prefeita de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, voltou a criticar o traçado previsto para o Rodoanel da Grande BH e cobrou respostas e diálogo do Governo de Minas Gerais sobre o tema.
A chefe do Executivo municipal avalia que a cidade terá impactos ambientais e sociais com o projeto proposto.
"É consenso não só entre nós, mas entre as lideranças políticas e a população, que o Rodoanel é uma necessidade. No entanto, não podemos prejudicar uma cidade de mais de 650 mil habitantes em função de uma necessidade", declarou a petista durante entrevista no Balanço Geral Minas da tarde desta terça-feira (31).
"Queremos um novo traçado. Nós e a cidade de Betim apresentamos uma proposta de traçado diferente. Resta saber a opinião do governo Zema em relação a ele", completou.
Questionada sobre a relação da Prefeitura de Contagem com a gestão de Romeu Zema (Novo), Marília avalia que há "pontos positivos e negativos".
"Temos garantido investimentos do governo estadual em Contagem. Como exemplo, os R$ 100 milhões para a construção de duas bacias de contenção para evitar enchentes no rio Arrudas. Foram destinados recursos para Belo Horizonte e Contagem. Acho que o governo Zema precisa melhorar o seu diálogo. Na questão do Rodoanel, não tem diálogo. Ele quer passar uma via em Área de Proteção Ambiental, que tem espelho d'água que abastece Contagem e parte de Belo Horizonte e Betim", avaliou.
A reportagem procurou o governo para comentar a demanda e aguarda retorno.
Ainda sobre a temática de mobilidade urbana, Marília destacou que as obras em andamento, como a da avenida João César de Oliveira, devem melhorar o trânsito na cidade, mas ressaltou que os resultados efetivos dependem da conclusão de todo o projeto.
"Nós estamos em fase de conclusão de algumas [estações], mas vamos iniciar mais duas: a do Darcy Ribeiro e a da Sede", detalhou.
Durante a entrevista, Marília também detalhou outros projetos para a cidade, avaliou a adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal e comentou a relação com o governo federal. Assista à íntegra da entrevista: