A Prefeitura de Belo Horizonte informou, nesta sexta-feira (26), que deve manter a votação para a escolha do nome do segundo filhote de gorila nascido no zoológico da cidade. Conforme a assessoria de imprensa da PBH, a Procuradoria Geral do Município encaminhou ao MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) parecer favorável à conclusão da eleição.
A Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos do MPMG recomendou à prefeitura que cancelasse a votação depois de receber uma denúncia feita por uma ONG da capital mineira. A representação da Insod (Instituto de Inovação Social e Diversidade Cultural) enviada ao MP questionou a escolha de nomes de origem africana para o gorila.
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No documento, a organização afirma que considera a postura da Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte "inaceitável", "no sentido de vincular um ícone histórico de racismo – o macaco – a nomes de origem africana, com o intuito, segundo a Fundação, de fazer homenagem à origem africana do animal, sem levar em consideração a magnitude dos danos aos grupos étnicos-raciais diretamente atingidos".
Já a recomendação feita pela promotoria explica que “muito embora bem intencionada, a votação pode atuar em sentido contrário ao pretendido: ao invés de prestar uma homenagem ao continente africano, contribuirá, por certo, para a perpetuação de uma opressão sistêmica e estrutural ao povo negro”.
Os nomes em votação são Ayo, que tem como significado “felicidade”, Bakari, que significa “o que terá sucesso”, e Jahari, que é “jovem forte e poderoso”. A ideia da prefeitura era batizar o segundo gorila com um nome africano para homenagear a origem do gorila. O primeiro filhote recebeu o nome de Sawidi, que em Tupi-Guarani quer dizer "é amado, querido, desejado".