A creche Gente Inocente, em Janaúba, após incêndio
Mauro Miranda/Imagens Cedidas/WebterraA Prefeitura de Janaúba, no norte de Minas Gerais, deve começar a indenizar as famílias das vítimas do ataque a uma creche da cidade a partir de janeiro de 2018. O anúncio foi feito por representantes do Executivo Municipal e do MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais), nesta segunda-feira (18).
No dia 5 de outubro, o vigia noturno Damião Soares do Santos, 50, ateou fogo em dezenas de funcionários e alunos do Centro de Educação Municipal Gente Inocente.
Santos foi até a escola com a desculpa de entregar um atestado médico à direção. Ele chamou as crianças para distribuir picolés que estariam dentro de um pote que ele carregava. Porém, o vasilhame estava cheio de combustível que o vigia tacou no próprio corpo e nos alunos.
Até o momento, 13 pessoas morreram — uma professora, duas auxiliares de aula, nove crianças e o autor do crime. Uma professora e um garoto de cinco anos continuam internados no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.
Procurado pelo R7, o prefeito Carlos Isaildon Mendes (PSDB) afirmou que as vítimas que tiveram ferimentos leves receberão R$ 500 mensais. Já as famílias das vítimas que morreram ou que tiveram mais de 20% do corpo queimado vão receber R$ 1.000 por mês.
Em novembro, a Defensoria Pública de Minas Gerais abriu uma ação pedindo a responsabilização da Prefeitura de Janaúba pelo acontecimento. Os valores foram estipulados em um TAC (Acordo de Ajustamento de Conduta), firmado entre o MP e a prefeitura, no início deste mês.
— [O pagamento] é uma antecipação do valor que será definido pela ação judicial.
De acordo com Mendes, os valores serão depositados para as famílias em uma tentativa de amenizar o sofrimento e não fazer com que a família espere até a decisão judicial.
* Com supervisão de Daniel Camargos