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Professor da UFMG e novo "fiscal da água" da ONU afirma que faltou planejamento na crise hídrica

Léo Heller substituirá a portuguesa Catarina Albuquerque a partir de dezembro deste ano

Minas Gerais|Do R7 com Agência Estado

Leo Heller será o novo relator da ONU
Leo Heller será o novo relator da ONU Leo Heller será o novo relator da ONU

Em meio à estiagem prolongada e a crise hídrica enfrentada em Minas, um brasileiro e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) foi escolhido como novo relator especial da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre água e saneamento. A indicação de Leo Heller foi confirmada nesta quinta-feira (6) e ele substituirá a portuguesa Catarina Albuquerque.

Entretanto, o professor não acredita que a indicação de seu nome para o cargo tenha alguma relação com a situação enfrentada pelo país e classifica o momento atual como sendo uma combinação de mudanças climáticas e falta de planejamento dos governos.

— Obviamente que há mudanças no clima, mas um planejamento adequado deve levar em consideração inclusive as mudanças climáticas. E, se tivéssemos esse planejamento, medidas preventivas já estariam sendo tomadas há algum tempo.

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Ele afirmou ainda que a falta de água não é um problema exclusivo do Brasil e que há vários países enfrentando situações semelhantes. Inclusive, a atuação do novo relator consistirá justamente em viajar para algumas nações em missões da ONU e elaborar relatórios sobre o acesso das populações a água e saneamento básico.

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Aos 59 anos, o professor assumirá como relator da ONU ainda este ano e deve permanecer no cargo por três anos, período de mandato previsto. Apesar das viagens frequentes, ele continuará morando no Brasil.

Formado em Engenharia Civil, Leo Heller atuou por 24 anos junto ao Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG. Ele também possui mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos e doutorado em Epidemiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e é pós-doutorado pela University of Oxford.

Polêmica

Desde 2013, o cargo de relator especial da ONU sobre água e saneamento era ocupado por Catarina Albuquerque que planejava uma visita ao Brasil. Entretanto, o governo da presidente Dilma Rousseff retirou seu convite temendo a repercussão de sua investigação e a situação provocou uma crise interna entre a ONU e o governo brasileiro.

Após o mau-estar, o Palácio do Planalto reviu a decisão e a visita acabou acontecendo em dezembro de 2013 e o relatório apresentado por Catarina apontou que 77 milhões de brasileiros ainda não tinham um abastecimento de água regular e de qualidade e 114 milhões não tinham "uma solução sanitária apropriada".

Recentemente, a relatora também acusou o de governo de São Paulo de ser responsável pela falta de água na cidade, o que gerou outra crise diplomática com o Brasil. 

Por causa da estiagem prolongada em Minas, as lagoas da região metropolitana de Belo Horizonte, estão com níveis de água muito abaixo da média.

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