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Projeto que acaba com BHTrans já pode ir a plenário na Câmara de BH

Proposta da prefeitura cria superintendência que vai passar a gerenciar a mobilidade na cidade; CPI investiga irregularidades

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Empresa que gerencia transporte público poderá ser extinta pela Câmara Municipal
Empresa que gerencia transporte público poderá ser extinta pela Câmara Municipal Empresa que gerencia transporte público poderá ser extinta pela Câmara Municipal

O projeto de lei que permite a extinção da BHTrans, empresa que gerencia o transporte público em Belo Horizonte, e cria a Sumob (Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte) já pode ir a plenário na Câmara Municipal e deve ser votado em setembro.

O PL 160/2021, de autoria do prefeito Alexandre Kalil (PSD), recebeu, nesta quarta-feira (18), aval da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária. 

O texto prevê 25 competências para a nova estrutura da administração pública, uma autarquia que ficará vinculada à SMPU (Secretaria Municipal de Política Urbana). Dentre elas estão: 

- planejar, organizar, fiscalizar e gerenciar o trânsito e os serviços de transporte 

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- formular e implantar políticas para promover a sustentabilidade das intervenções viárias, priorizando o pedestre e os transportes cicloviários e coletivos

- executar, diretamente ou por meio de concessão, subconcessão, permissão, autorização ou contratação, os serviços de transporte público individual e coletivo (suplementar, táxi, escolar e fretado)

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- promover a integração física, operacional e tarifária entre as modalidades de transportes

- estabelecer a política de tarifas do transporte público

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Além disso, o projeto também autoriza a Prefeitura de Belo Horizonte a extinguir a BHTrans, criada por lei em 1991. No entanto, essa extinção deve demorar até 15 anos, de acordo com a nova legislação, caso aprovada. O texto autoriza, no entanto, que o Executivo encurte esse prazo, desde que declare vagos os cargos existentes na estrutura da BHTrans. 

Ainda de acordo com o projeto de lei, a partir do momento em que ela for sancionada, a prefeitura não mais poderá criar cargos e empregos públicos na BHTrans. 

De acordo com o prefeito, na justificativa ao projeto enviada à Câmara, a mudança vai além da alteração do nome - de BHTrans para Sumob. 

"A criação da Sumob irá contribuir para modernizar o planejamento e a gestão da mobilidade urbana e do serviço de transporte, viabilizando a adoção de soluções eficientes e adequadas ao atendimento das demandas dos cidadãos", diz. 

Ainda segundo o prefeito, o fato de a superintendência ficar vinculada à SMPU "irá facilitar o planejamento e a execução das intervenções de trânsito e das ações de fiscalização do cumprimento dos contratos de concessão".

Crise na BHTrans

A extinção da BHTrans avança na Câmara Municipal no momento em que uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) aprofunda as investigações sobre o contrato assinado pela BHTrans em 2008 com as empresas de ônibus que operam o serviço de transporte público na capital. 

Os vereadores suspeitam de uma série de irregularidades na formalização do acordo, entre elas, a formação de cartel. Os parlamentares também questionam uma auditoria realizada pela BHTrans para rever o preço da tarifa do transporte em 2018 e que sugeriu que a passagem custasse R$ 6,35. Hoje, a passagem custa R$ 4,50. 

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