Promotor coordenou operação que acabou com a prisão do ex-presidente da Câmara da cidade, pai do suspeito do crime
Unitri / DivulgaçãoO promotor Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, que foi baleado quando saía do prédio da promotoria de Justiça de Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, foi ouvido nesta sexta-feira (27) pelo delegado Wilton José Fernandes, responsável pelo caso. Cunha recebeu alta do hospital na última quarta-feira (25). O policial, que não quis divulgar o teor do depoimento, apontou que as informações não alteram os rumos da investigação, mas "são de fundamental importância para a conclusão do inquérito".
O crime ocorreu no último dia 21. O suspeito, Juliano Aparecido de Oliveira, de 22 anos, foi preso e confessou ter atirado contra o promotor. Ele alegou que a vítima processou e conseguiu a prisão do pai dele, que era presidente da Câmara da cidade. O ex-vereador, Valdelei José de Oliveira, também foi detido preventivamente. O filho dele alegou que Oliveira não sabia do plano, mas, ainda assim, o ex-parlamentar deve ficar na prisão até o final das investigações.
Conforme as investigações, um motociclista se aproximou do carro do promotor e atirou 15 vezes. Cunha foi atingido por três disparos, que feriram os pulmões e os rins. De acordo com o delegado, o inquérito deve ser encerrado na próxima semana.
Segundo o secretário de Estado de Defesa Social, Bernardo Santana, “uma violência desse tipo é inaceitável a qualquer cidadão. Nesse caso em especial, é uma resposta de Estado quando existe uma agressão a qualquer membro do Sistema de Defesa Social. O Governo de Minas não admite ataques às forças de segurança”.