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Quadrilha de roubo de carga que atuava em oito Estados deu prejuízo de R$ 30 milhões

Pelo menos 33 integrantes do bando foram presos nesta quinta-feira

Minas Gerais|Do R7

A operação que desarticulou uma quadrilha especializada em roubo de cargas prendeu pelo menos 33 pessoas nesta quarta-feira (26). O bando atuava em rodovias de oito Estados brasileiros e no Distrito Federal e deu prejuízos superiores a R$ 30 milhões. Cerca de 300 policiais civis, militares, federais e rodoviários federais participaram da ação.

A rota de atuação da quadrilha eram as rodovias federais, principalmente as BRs 040 e 050. As cargas mais visadas eram combustíveis, cervejas, medicamentos e carnes. A escolha por estes produtos acontecia, segundo as investigações, pela facilidade da receptação. Por esta razão, a operação foi batizada de Catira, em referência às palavras troca e escambo, na linguagem popular.

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As ações da Catira começaram por volta das 6h desta quarta, com o cumprimento de 51 mandados de prisão e 50 mandados de busca e apreensão de forma simultânea em Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Tocantins e Distrito Federal. Os mandados foram expedidos com base em dois inquéritos que tramitam na Justiça Estadual, na comarca de Uberlândia, no Triângulo Mineiro.

Além das 33 prisões, foram apreendidos carros de luxo, embarcações, armas, dinheiro em espécie e veículos em fase de desmanche. Os presos responderão pelos crimes de organização criminosa, roubo, cárcere privado, lavagem de dinheiro e receptação, cujas penas somadas superam 30 anos de prisão. Todos foram ouvidos na delegacia da Polícia Federal de Uberlândia e, posteriormente, encaminhados para o Presídio Professor Jacy de Assis, no município.

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"Homens-aranha"

Os integrantes da quadrilha, chamados também de "homens-aranha" por membros da facção criminosa, subiam nas carrocerias dos caminhões e provocavam pane nos veículos em circulação nas estradas brasileiras.

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Quando o motorista parava na rodovia para verificar o que estava acontecendo, ele era rendido, sequestrado e tinha a carga roubada. Os condutores só eram liberados do cativeiro depois que os criminosos faziam o transbordo da carga e davam uma destinação para os caminhões.

A organização criminosa estava sendo investigada há aproximadamente sete meses. Segundo o delegado da Polícia Federal Caio Porto, durante este período foram identificadas diversas ocorrências de roubos de cargas atribuídas ao grupo criminoso.

— A quadrilha funcionava como uma empresa. Tinha, inclusive, uma divisão de tarefas bem definida: núcleo financeiro, núcleo contábil, núcleo armado e núcleo logístico. Os criminosos atuavam de modo dinâmico.

A operação foi comandada pela FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais), que é coordenada pela Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social), e é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Nesta operação, a Força Integrada contou, ainda, com o apoio da Secretaria de Estado da Fazenda e da Agência Nacional do Petróleo.

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