Pedro Alves morreu aos 8 anos, após ter ficado mais de 16 horas dentro de um buraco
Reprodução/Redes SociaisQuatro pessoas foram indiciadas por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, pela morte do menino que não resistiu ao cair em um buraco em Carmo da Paranaíba, a 354 quilômetros de Belo Horizonte. O proprietário do loteamento em que o acidente aconteceu e os três responsáveis pela execução de tarefas na obras vão responder pelo caso, que ocorreu no dia 22 de agosto.
Os indiciamentos foram divulgados pela Polícia Civil de Minas após a conclusão do inquérito que apurou o acidente. Segundo o órgão, foi bloqueado mais de R$ 1,5 milhão em bens das empresas envolvidas para indenizar a família de Pedro Augusto Ferreira Alves, de 8 anos.
A investigação apontou que, na tarde do dia 21 de agosto, o menino brincava com outras crianças no loteamento, que estava em obras, quando caiu na estrutura, de cerca de 8 metros de profundidade. De acordo com a apuração, coordenada pelo delegado Hiago Marciano Araújo Caixeta, não havia cercas, barreiras, placas nem qualquer sinalização que avisasse sobre o perigo no local.
Resgate
Após mais de 16 horas, o Corpo de Bombeiros conseguiu resgatar o menino da estrutura. Ele foi retirado inconsciente do local, com suspeita de parada cardiorrespiratória.
Pedro foi levado por uma ambulância até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Carmo do Paranaíba, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de saúde.
No período de resgate, a criança estava consciente e respondia aos comandos dos bombeiros. Como havia risco de desabamento de terra por causa da instabilidade do solo do local, os trabalhos de retirada foram dificultados.