Hilma morreu em novembro de 2020
Reprodução/Record TV MinasA administradora de imóveis Hilma Balsamão de Morais, que caiu da cobertura de um apartamento no bairro Castelo, em Belo Horizonte, em novembro do ano passado, morreu devido a um acidente.
Essa é a conclusão da investigação do caso, compartilhada pela Polícia Civil de Minas Gerais e o Ministério Público. O inquérito foi concluído há três semanas e, ontem, a Justiça determinou o arquivamento do caso.
Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (14), a promotora de Justiça Denise Guerzoni, que acompanhou a apuração dos fatos pelo Ministério Público, afirmou que, desde o início da apuração, havia três linhas de investigação: feminicídio, suicídio ou acidente. De acordo com ela, a ingestão de bebida alcoólica, cujo teor elevado foi confirmado pela perícia, foi determinante para a queda de Hilma.
— A conclusão é muito convincente de que não houve morte violenta, mas um acidente fatal. Não houve intervenção de terceiros quando da queda e foi encontrado um teor alcoólico notável no organismo da vítima, de forma que ela teve retirada o controle neuropsíquico do caminhar até o parapeito.
Dinâmica
De acordo com a Polícia Civil foram feitas oito perícias, tanto no IML (Instituto Médico-Legal) como no Instituto de Criminalística, para fundamentar o laudo. A PC também fez reconstituição do caso.
A delegada Ingrid Estevam afirmou que depoimentos de pessoas que estavam presente no momento da queda, além de um vizinho, que viu a cena de outro prédio, foram fundamentais para a conclusão do caso.
Segundo ela, Hilma e o empresário Gustavo Veloso, com quem ela tinha um relacionamento, discutiram momentos antes da queda. Ela teria cambaleado em direção à escada que leva até a piscina e passado uma perna para o lado de fora. Em seguida, Hilma se desequilibrou e caiu, de acordo com a delegada.
— Verificamos que, em determinado momento da discussão entre a vítima e o proprietário da residência, ela vai em direção ao filho dele, que estava filmando a ação a pedido do pai. Depois que ela toma o celular e joga no chão, vai em direção à piscina, passa uma perna pelo parapeito da cobertura e, por descuido, ela não conseguiu segurar o corpo e caiu.
Relembre o caso
Hilma Balsamão foi encontrada morta por moradores do prédio no bairro Castelo no térreo do edifício no dia 21 de novembro de 2020. Eles chamaram a Polícia Militar, que, ao chegar ao local, registrou no boletim de ocorrência, que a morte foi fruto de um suicídio. De acordo com um dos relatos dos moradores, as brigas entre o casal eram constantes.
Segundo o boletim de ocorrência, o casal começou a discutir durante uma festa realizada no local. O empresário pediu para seu filho gravar a briga, mas a administradora de imóveis teria jogado o celular no chão. Durante a discussão, a vítima teria se jogado da varanda a uma altura de aproximadamente 15 metros.
O empresário Gustavo Veloso foi o primeiro a prestar depoimento. Além dele, a polícia já ouviu o filho dele, de 17 anos, uma amiga de Hilma e a sobrinha dela, além do músico Wellington Costa.