Rompimento de barragem de Fundão destruiu o distrito de Bento Rodrigues e também o meio ambiente ao longo do rio Doce
Douglas Guizilini / Air Pix / DivulgaçãoA mineradora Samarco informou nesta sexta-feira (27) que disponibilizou somente R$ 200 milhões da primeira parcela de R$ 500 milhões prevista em um Termo de Compromisso Preliminar firmado entre a empresa e o Ministério Público de Minas Gerais. O valor foi depositado em um fundo criado para reparar os danos ambientais causados pelo rompimento de uma barragem da mineradora em Mariana, na região central de Minas Gerais.
Por meio de nota, a Samarco informou que depositou dentro do prazo o valor total determinado pelo acordo. No entanto, uma decisão da 2ª Vara Cível da Comarca de Mariana bloqueou R$ 300 milhões da empresa e, por isso, apenas R$ 200 milhões estão à disposição do Ministério Público. A empresa também alegou que está tomando medidas judiciais para reverter a decisão da Justiça.
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O Ministério Público foi procurado, mas o promotor responsável pelo caso, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, ainda não se pronunciou sobre o caso. O prazo final para o depósito da primeira parcela do fundo foi nessa quinta-feira (26) e, o Termo de Compromisso previa que, em caso de descumprimento, a Samarco estaria sujeita a uma multa diária de R$ 200 mil.
Com faturamento bruto de R$ 7,5 bilhões no último ano, a Samarco lucrava em torno de R$ 20,5 milhões por dia. Em 2014, a mineradora ganhou R$ 2,8 bilhões líquidos. Neste ano, os investimentos já somavam R$ 1,3 bilhão. Somente para a compra de veículos, a mineradora havia desembolsado R$ 150 milhões.