A Polícia Civil indiciou um sargento da Polícia Militar suspeito de matar a prima em Muriaé, a 322 km de Belo Horizonte, para receber o valor de um seguro no valor de R$ 23 milhões feito em nome dela. Ao todo, o militar foi indiciado por 13 crimes.
Nayara Andrade era cabeleireira e foi morta com cinco tiros enquanto trabalhava no próprio salão, no dia 1º de junho neste ano. A vítima foi internada em um hospital, mas morreu três dias depois. O suspeito, que não teve o nome divulgado, foi preso 20 dias depois em um shopping de Muriaé.
Investigação
As investigações da Polícia Civil apontam que o assassinato teria sido motivado pelo pagamento de prêmios dos seguros de vida. No total, as apólices somavam R$ 23 milhões e tinham como beneficiária a mãe da vítima.
Os contratos foram feitos entre março e junho e, nos documentos, não consta a assinatura de Nayara, só da mãe dela. Os investigadores concluíram que o suspeito se passou pela prima e pela mãe dela para formalizar a documentação.
O carro usado pelo suspeito para ir até o local do crime havia sido comprado em Belo Horizonte. Após o homicídio, o sargento levou o veículo para Viçosa e retornou, de motocicleta, para a cidade. O suspeito ainda levou o celular de Nayara para atrapalhar as investigações e, momentos antes do crime, ligou para a Polícia Militar afirmando que havia uma movimentação suspeita em uma região da cidade oposta ao do salão de beleza. Segundo a Polícia Civil, o sargento também teria oferecido ‘vantagem indevida’ para tentar ‘frear’ as investigações.
O sargento foi indiciado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, 10 crimes de estelionato tentado, fraude processual e corrupção ativa. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público de Minas Gerais. O suspeito segue preso.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda retorno.
*Estagiária do R7 sob a supervisão de Lucas Pavanelli.