Ex-assessor de Perrela teria recebido maletas com propina da JBS
Reprodução / RecordTV MinasO secretário parlamentar do gabinete do senador mineiro Zezé Perrela (PMDB-MG) foi exonerado do cargo, após ser preso na operação Patmos, desdobramento da Lava Jato, nesta quinta-feira (18). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (19).
Mendherson de Souza Lima foi citado na delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS. De acordo com as investigações, Lima recebeu do Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador Aécio Neves (PSBD-MG), maletas com dinheiro fruto de propina paga pela JBS. O dinheiro teria sido depositado em uma conta da Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella. Assim como Medeiros, Lima foi encaminhado para a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.
Esquema
Segundo as investigações da PF (Polícia Federal),Batista teria gravado imagens de Aécio Neves pedindo a ele R$ 2 milhões em propina para pagar a própria defesa nos processos da Operação Lava Jato. De acordo com informações do jornal O Globo, o dinheiro da JBS teria sido depositado na conta da empresa Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho do também senador Zezé Perrela (PMDB-MG). Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, é suspeito de ter recebido maletas com a propina e entregar ao secretário parlamentar de Perrela, Menderson de Souza Lima.
Medeiros também foi preso nesta manhã, na casa dele, em um condomínio na cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele foi diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), nomeado por Aécio, quando o tucano era governador de Minas. Medeiros também foi um dos coordenadores da campanha de Neves à presidência em 2014.