Enquanto moradores do bairro Caiçara pedem o fechamento do Aeroporto Carlos Prates, de onde partiu a aeronave de pequeno porte que caiu em uma rua em Belo Horizonte, matando três pessoas e deixando outras três feridas, o plano do governo federal para o local é diferente.
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, não há, nesse momento, discussão sobre fechamento ou transferência da operação. Pelo contrário, o Aeroporto Carlos Prates deve ser concedido à iniciativa privada em 2022. Até lá, deve seguir operando.
Desde 2010, o aeródromo registrou sete acidentes com, ao menos quatro mortes, todas elas ocorridas neste ano.
A concessão do Aeroporto Carlos Prates está previsto para integrar a sétima rodada do programa de concessões do governo federal. A ideia é colocar, em um mesmo bloco, além do Carlos Prates, outros quatro aeroportos em Minas Gerais (Pampulha, Montes Claros, Uberaba e Uberlândia) e dois no Rio de Janeiro: Santos Dumont e Jacarepaguá.
Segundo o governo federal, os investimentos em todos os sete aeroportos concedidos em bloco deve ser de R$ 1,67 bilhão, ao longo do período da concessão.
Segurança
De acordo com a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), o Aeroporto Carlos Prates "opera dentro de requisitos de segurança estabelecidos nas normas da aviação civil brasileira".
O Ministério Público Federal instaurou, no ano passado, um procedimento para investigar a questão da segurança do aeroporto, que fica muito próximo a áreas residenciais. Dois inquéritos também foram abertos para apurar possíveis irregularidades ambientais, como poluição sonora e falta de licenciamento.