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STF deve manter audiências virtuais no pós-pandemia, diz Cármen Lúcia

Durante evento em BH, ministra colocou o combate às fake news como desafio para as eleições de 2022 e criticou ataque ao sistema

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Ministra criticou ataques ao sistema eleitoral
Ministra criticou ataques ao sistema eleitoral Ministra criticou ataques ao sistema eleitoral

A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), avalia que a Corte teve manter as audiências virtuais mesmo após o fim da pandemia de Covid-19.

Durante evento em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (18), a magistrada ressaltou que o modelo de trabalho aumentou a produtividade do Judiciário.

"Nós estamos em uma mudança possível e provável de modelo de participação democrática. Isso desrespeita diretamente a uma transformação sociopolítica e econômica. A pandemia sanitária veio adiantar isto. Hoje, o número de um advogado que um juiz pode atender virtualmente - o que eu acho ser um dado que não vai alterar - nós não vamos voltar mais às condições anteriores. Nós atendíamos no STF uma média de 10 a 12 advogados por semana. Hoje, em um dia, atendemos 12 advogados", avaliou.

Desafios eleitorais

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A fala se deu durante uma palestra da ministra na cerimônia de abertura do ano eleitoral, na sede do TRE-MG (Tribunal Regional Eleitoral em Minas Gerais). Cármen Lúcia teve como foco falar sobre os avanços da Justiça Eleitoral.

A ministra, que foi a primeira mulher a presidir o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), avaliou que o principal desafio das Eleições 2022 no Brasil será o combate às fake news, assim como tem sido em outros países. Ela chamou atenção para o uso de tecnologia neste sentido.,

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"Está comprovado que estas tecnologias sem controle, não apenas desequilibram o pleito eleitoral, como também conduzem equivocadamente o eleitor. No caso brasileiro, é grave porque não temos uma educação de boa qualidade que permita a capacidade crítica do cidadão para que ele possa exercer com capacidade crítica as suas escolhas", pontuou

A magistrada afirmou que o Judiciário desenvolve projetos para se evitar problemas causados pela distribuição de informações falsas e ponderou que a estratégia não implica em censura. Cármen Lúcia também destacou que a corte eleitoral prepara iniciativas para incentivar uma maior participação política das mulheres.

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"Estamos trabalhando contra as chamadas candidaturas laranjas, que só colocam mulheres para figuração. Estamos colocando mais regras", comentou sobre a exigência mínima de 30% de candidaturas femininas.

Durante a reunião, a ministra do STF também chamou de "inadequado e sem embasamento" os ataques ao sistema eleitoral brasileiro no ano passado.

"Ninguém acredita mais em algo que não seja muito célere. Depois que você conquista um direito, você não retrocede. O quadro de avanço e confiança na Justiça Eleitoral foi feito paulatinamente", ressaltou.

Eleições 2022

Os brasileiros vão às urnas este ano para escolher o presidente da República, governador, senador, deputados federais e deputados estaduais. O primeiro turno está marcado para o dia 2 de outubro. Já o segundo turno acontece no dia 30 do mesmo mês.

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