O suspeito de ter matatado duas mulheres e enterrado os corpos das vítimas em covas rasas, em Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto, na região central de Minas Gerais, foi preso e liberado em seguida pela polícia. O investigado cedeu material genético para análises periciais, após prestar depoimento. Os corpos das vítimas foram encontrados sem roupas, em um matagal, neste fim de semana.
A zeladora Caetana Felipe Melchiades, de 47 anos, desapareceu no último dia 22 de outubro. Enquanto a polícia fazia buscas, o corpo de uma outra moradora do distrito foi encontrado no domingo (23), enterrado em uma cova rasa. A vítima foi identificada como Ingrid Michele Rosa, de 35 anos, que havia sumido no feriado do último dia 12 de outubro. Na tarde desta segunda-feira (24), o corpo de Caetana foi localizado por moradores próximo à gruta Nossa Senhora da Lapa, na mesma região onde a primeira vítima foi achada.
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De acordo com a polícia, as duas mulheres estavam amarradas e sem roupas e apresentavam sinais de pauladas. Segundo a Polícia Civil o homem detido pela PM apresentava lesões pelo corpo. Em depoimento, ele teria informado que os ferimentos foram causados por uma queda e, posteriormente, mudado a declaração afirmando que teria se envolvido em uma briga. Ainda de acordo com a polícia, o suspeito cedeu material genético para comparação com o que foi colhido nas vítimas. Como não houve flagrante, ele foi liberado.
A polícia aguarda perícia para saber se as mulheres foram vítimas de alguma violência sexual e investiga a possível relação entre os dois crimes.
Medo
Na tarde desta terça-feira (25), moradores de Antônio Pereira fizeram um ato público, na rodovia que liga o distrito à cidade de Mariana (a nove quilômetros), para chamar a atenção da polícia para o caso do suposto maníaco que teria agido por duas vezes.
O mistério e a violência dos assassinatos intrigam e assustam a comunidade. Segundo Carluce Michele, irmã de Ingrid, a população está assustada com os dois crimes.
— Um medo terrível. A gente nem dorme direito. Nós não deixamos os meninos saírem mais na rua sozinhos, nem mesmo durante o dia.
O tenente coronel Winder Rodrigues Pinheiro da Polícia Militar esteve no local e informou que os militares estão trabalhando em conjunto com a Polícia Civil para descobrir os responsáveis pelas mortes. Segundo ele, o assassino pode ser um conhecido ou um recém-chegado na região de mineradoras que atrai muitas pessoas.
— A comunidade é realmente miscigenada por causa das mineradoras. Nós temos aqui muitas empresas com a contratação de pessoas de vários estados do país.
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