O caminhoneiro suspeito de causar o acidente que matou 13 pessoas e deixou outras 39 feridas na BR-251, na madrugada do último sábado (14), estava no volante havia 12 horas. Foi o que Daniel Alves da Silva, de 39 anos, confirmou em depoimento nesta quarta-feira (17) à Polícia Civil.
O desastre ocorreu próximo a Grão Mogol, na região norte do Estado, a 570 km de Belo Horizonte. Segundo testemunhas, um caminhão de Franca (SP) que transportava outro veículo de carga invadiu a contramão e bateu na lateral de um ônibus de Santana do Ipanema (AL). Atrás deste coletivo, seguia um micro-ônibus de São Paulo.
O veículo de carga que era transportado na carroceria se desprendeu e caiu sobre o micro-ônibus, em que estava a maioria das vítimas. Outros veículos não conseguiram frear e se envolveram na batida, num total de sete. Um deles pegou fogo.
Quatro dias depois do desastre, o caminhoneiro suspeito de causar o acidente informou à Polícia Civil que havia parado para almoçar, no dia anterior, por volta das 15h. Ele conduziu o veículo até às 3h, quando as colisões ocorreram.
Silva ganhava a vida guiando escolares e foi convidado para a missão de transportar um caminhão numa carreta. Partiu de Recife com destino a Franca. A viagem estava prevista para durar 35 horas. Receberia R$ 200 pelo serviço.
Ele e três vítimas continuam internadas em hospitais de Montes Claros, cidade-pólo mais próxima do local do acidente. O estado de saúde dos quatro é estável.