A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), a Operação Escape, para combater fraude processual decorrente da Operação Esopo, desencadeada pela PF há um ano.
Foram cumpridos quatro mandados de condução coercitiva, um mandado de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de Minas Gerais. Estão envolvidos na fraude um médico, dois advogados e um empresário. O líder da organização criminosa, investigado na Operação Esopo, também foi detido. Ele planejava deixar o país, segundo indícios descobertos durante as buscas.
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Os investigados propuseram uma ação na Justiça Estadual de Minas Gerais, para obter uma decisão liminar de reintegração de posse sobre um helicóptero que estava sob a responsabilidade da 4ª Vara Criminal Federal desde a Operação Esopo. Sem receber a decisão sobre o caso, o grupo vendeu a aeronave. O uso do helicóptero está suspenso pela ANAC e com sua utilização condenada pelo fabricante. Ainda assim, os investigados realizaram vôos.
Os crimes investigados são fraude processual, estelionato, alienação fraudulenta e atentado contra a segurança de transporte aéreo.
Operação Esopo
Segundo as investigações, a quadrilha, que era formada por uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), empresas, pessoas físicas, servidores públicos de alto escalão e por agentes políticos, fraudava processos licitatórios, direcionando as contratações de atividades diversas à OSCIP junto a Prefeituras Municipais, Governos Estaduais e Ministérios do Governo Federal.
A polícia descobriu que a OSCIP já recebeu, somente nos últimos cinco anos, valores superiores a R$ 400 milhões da Administração Pública Federal, Estadual e Municipal, atuando em 10 Estados da Federação e no Distrito Federal.