Após cerca de um ano e meio, a Justiça mineira voltou atrás e reduziu em mais de 25 anos a pena de Marcelo Barbosa dos Santos, que ficou conhecido como o Maníaco do Dona Clara. Santos foi condenado inicialmente a 29 anos de prisão em outubro de 2014 por cometer uma série de abusos sexuais na região da Pampulha. No entanto, uma nova determinação baixou a sentença para três anos e quatro meses. Desta forma, o condenado, que está detido no presídio Inspetor José Martinho Drummond, em Ribeirão das Neves, pode ser solto.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) explicou que o caso corre em segredo e, por isso, não pode divulgar qualquer informação. Os desembargadores que avaliaram o processo foram Fortuna Drion, Maria Luiza Marilac e Otávio Augusto de Nigres Bocalini.No entanto, o assistente de acusação do processo, Tiago Lenoir, confirmou a determinação da Justiça.
— Eles entenderam que ali teve um crime continuado, mas ele fez muitas vítimas. A decisão ainda não foi publicada, somente depois disso eu terei ciência do interior teor e, de fato, recorrer.
Ainda conforme o advogado, depois que o acórdão for oficializado fica a cargo do promotor do Ministério Público a decisão de entrar com a medida de embargos de declaração, para tentar barrar a mudança.
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Entenda
A sentença inicial foi proferida pelo juiz Luís Augusto César Pereira Monteiro Barreto Fonseca, que onsiderou a semi-imputabilidade do réu, como também a sua confissão espontânea, reduzindo em um terço as penas aplicadas, de acordo com o disposto no artigo 26 do Código Penal. O magistrado ainda determinou na época que o acusado ficasse recluso até o julgamento do recurso.
Os crimes vieram à tona em setembro de 2013, quando o 13º Batalhão da Polícia Militar registrou vários boletins de ocorrência foram registrados contra o suspeito, principalmente nas imediações do Colégio Dona Clara, na rua Orozimbo Nonato. As denúncias alegavam que o homem, que agia sempre de motocicleta e estava bem vestido, abordava e abraçava as garotas. Em seguida, ele passava as mãos pelas partes íntimas delas
Ao ser detido, o “Tarado do Dona Clara” confessou ter feito mais de 40 vítimas e tentou justificar os ataques dizendo que o primo dava uma moeda para ele em troca de sexo oral. Porém, ao ser questionado sobre o motivo dos crimes, ele não soube explicar.
— Não era prazer, não era nada gente. Eu não sei, não dá para explicar isso não
Santos não tinha passagens pela polícia e foi reconhecido pelo pai de uma das vítimas como um amigo de infância. O homem ficou incorformado com a descoberta.