Reajuste elevaria tarifa de R$ 3,10 para R$ 3,40, mas foi barrado
Adão de Souza / PBH / DivulgaçãoIntegrantes do movimento Tarifa Zero BH fizeram um ato simbólico na porta da casa do presidente da BHTrans, Ramon Victor César, na região centro-sul de Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira (4). O protesto começou por volta de 9h e o intuito dos participantes era fazer uma entrega simbólica da notificação judicial que suspendeu o reajuste das passagens na capital mineira por 180 dias.
De acordo com a integrante do movimento, Liliana Galvão, a decisão foi motivada por uma declaração dada por César durante a coletiva de imprensa da última sexta-feira (31), quando o novo valor da tarifa, de R$ 3,40, foi anunciado. Segundo ela, ele teria dito que "movimentos A, B ou C não têm legitimidade para falar que o aumento é ilegal". Na tarde do mesmo dia, o juiz da 4ª Vara de Fazenda Municipal, Rinaldo Kennedy Silva, acolheu embargos de declaração de uma ação cautelar proposta pela Defensoria Pública para suspender o aumento.
— Fomos entregar uma carta do movimento para dizer que temos legitimidade sim, assim como qualquer cidadão de Belo Horizonte, tem o direito democrático de dizer que o aumento é ilegal.
Os participantes do protesto chegaram a chamar César, mas ninguém apareceu na porta. A manifestação chegou a ser acompanhada pela Polícia Militar e, por volta de 10h, o grupo dispersou. O movimento convocou os internautas para uma nova reunião na noite desta terça-feira (4). O objetivo é debater ações para barrar o reajuste da tarifa, articulação com outros grupos e trabalhos de base do coletivo.
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Notificada
A Prefeitura de BH informou, no fim da tarde desta segunda-feira (3), que foi notificada da decisão judicial que suspendeu o aumento das passagens de ônibus na capital. Na decisão, o magistrado destacou que a Procuradoria Geral do Município havia informado nos autos que não havia movimentação entre concessionários e PBH para aumento da tarifa e chamava as notícias de um possível aumento de "especulação".
Em nota enviada à imprensa, a PBH informa que "em cumprimento de decisão judicial, está suspensa a revisão de tarifas do serviço público de transporte coletivo, do serviço de transporte suplementar e do serviço de táxi lotação, que entraria em vigor a partir de zero hora no dia 4 de agosto". Nenhuma empresa poderá cobrar o valor reajustado nesta terça-feira (4).
"A Procuradoria Geral do Município, no momento, estuda os fundamentos da decisão judicial para tomar as medidas jurídicas adequadas", afirma a PBH.