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Tempo seco provoca aumento de incêndios em áreas de preservação em Minas 

Serra do Rola Moça teve 200 hec destruídos nesta semana; Serra do Curral perdeu 40 m²

Minas Gerais|Thaís Mota, do R7

Na semana passada, incêndio destruiu parte da Serra do Rola Moça
Na semana passada, incêndio destruiu parte da Serra do Rola Moça Na semana passada, incêndio destruiu parte da Serra do Rola Moça

O tempo seco faz disparar o número de incêndios registrados em Minas Gerais neste inverno. Entre janeiro e agosto deste ano, a Semad (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) já registrou mais de 2.500 focos de calor em todo o Estado, sendo que a maior parte corresponde a incêndios em áreas de preservação ambiental.

Segundo diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Semad, Rodrigo Bueno Belo, ocorrências de incêndios são mais comuns nesta época do ano em função da baixa umidade do ar e do período de estiagem. Além disso, os danos também são maiores, já que as condições climáticas fazem com que as chamas se espalhem com mais rapidez e dificultam o trabalho dos brigadistas.

— Em agosto, a umidade do ar tem ficado abaixo de 30% e isso acaba provocando um aumento do número de incêndios. Neste mês, por exemplo, nós já tivemos dois incêndios mais severos, sendo um na Serra do Rola Moça e outro na Serra da Boa Esperança, no sul de Minas.

No Parque Estadual Serra do Rola Moça, na Grande BH, mais de 200 brigadistas atuaram no combate a chamas que destruíram 193 hectares e, por pouco, não atingiram áreas próximas aos mananciais que abastecem os moradores da região. Nesta sexta-feira (15), 40 mil m² foram destruídos na Serra do Curral, entre Belo Horizonte e Nova Lima. Já na Serra da Boa Esperança, o incêndio ainda consome a vegetação nativa.

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Além disso, outros três incêndios destroem áreas de preservação e parques de Minas Gerais nesta semana. Um deles é no Parque Estadual do Biribiri, outro na Serra do Cabral e um na Área de Preservação Ambiental das Águas Vertentes.

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Segundo a ambientalista e presidente da Amda (Associação Mineira de Defesa do Ambiente), Maria Dalce Ricas, os governos precisam investir em campanhas de conscientização para reduzir o número de incêndios criminosos no Estado.

— Nesta época do ano é possível dizer que 100% dos incêndios são criminosos, sejam eles propositais ou por omissão. Ou seja, é pela ação do homem que as chamas têm início e, devido ao tempo seco, acabam se alastrando muito rapidamente.

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Ainda de acordo com Dalce, o fogo provoca sérios não só ao meio ambiente, mas também à saúde da população.

— Além da perda para a fauna e flora local, os incêndios geram uma grande quantidade de cinzas e fuligem, que aliadas à baixa umidade do ar, aumentam os casos de doenças respiratórias. Os incêndios às margens de rodovia podem provocar acidentes de trânsito quando fumaça dificulta a visibilidade dos motoristas. E também tem a emissão de gás que contribui para o efeito estufa.

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