Campanha de tucano à reeleição teria usado recurso público de estatais
ReproduçãoO TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) acaba de formar maioria para manter a condenação em segunda instância do ex-governador Eduardo Azeredo no processo conhecido como mensalão tucano. O placar está 3 a 1. O último desembargador está votando agora.
Em julgamento histórico, Azeredo foi condenado a 20 anos e um mês de prisão pelos crimes de peculato em lavagem.
É a primeira vez que um governador mineiro é condenado por desvio de verbas. Sobre o pedido de execução da prisão, os magistrados vão decidir no fim do julgamento.
Primeiro a falar, o procurador de Justiça, Antônio de Padova afirmou que Azeredo foi o principal beneficiário e responsável pela liberação das verbas públicas desviadas. Ele sustentou que o governador, na condição de chefe do Executivo, exerce forte influência na administração e, por isso, pode ser considerado autor dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Para o procurador, não existe dúvida que o mensalão tucano foi o laboratório para a corrupção que se espalhou pelo país. Por fim, ressaltou que o cidadão tem apoiado o entendimento do Supremo Tribunal Federal, que determinou a prisão de condenados em segunda instância.
Em seguida, foi a vez da defesa do tucano rebater às acusações do representante do Ministério Público. Para o advogado Modesto Castellar Guimarães, a denúncia não conseguiu demonstrar que Azeredo é culpado. Segundo o defensor, quem tinha autonomia para fazer a gestão financeira da campanha era o então secretário de Comunicação do governo e tesoureiro da campanha.
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