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Tragédia

Um policia civil matou uma mulher e as duas filhas dela após fugir da prisão; crime aconteceu em Santa Luzia, na Grande BH

Minas Gerais|Do R7 e Eduardo Costa

Paulo José de Oliveira estava preso desde julho do ano passado
Paulo José de Oliveira estava preso desde julho do ano passado Paulo José de Oliveira estava preso desde julho do ano passado

A palavra tragédia, com origem na Grécia antiga, vem de gênero dramático que trata das ações e dos problemas humanos de natureza grave. A tragédia envolve questões sobre a moralidade, o significado da existência humana, as relações entre as pessoas e as relações entre os homens e seus deuses. Geralmente, no final das tragédias, o personagem principal morre ou perde seus entes queridos. Tragédia, portanto, e com T maísculo, é o que aconteceu entre a noite de ontem e a madruga de hoje, em Santa Luzia, quando um policial civil foi o personagem principal. Paulo José de Oliveira, de 40 anos, fugiu da Casa de Custódia da Polícia Civil, no Bairro Horto, Região Leste de Belo Horizonte, onde estava preso desde 27 de julho do ano passado, para, um pouco mais tarde, invadir a casa de Luciana Petronilho, de 40 anos, no Bairro Monte Carmo, em Santa Luzia, matando ela e suas duas filhas, Nathalia Petronilho, de 18, e Victoria Petronilho, de 15. Ele disparou contra a cabeça das vítimas e em seguida se matou.

Tudo está ainda confuso, mas, considerando relatos de testemunhas, Paulo tomou conhecimento, através do advogado, de que saiu ontem a sua condenação a mais de 30 anos de prisão por violência sexual contra as duas moças.

As dúvidas:

• Se a Juiza aplicou pena tão severa, devia ter provas irrefutáveis e brutais do abuso;

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• Se a noticia causou tamanho ódio no policial é de se imaginar o quanto se sentia injustiçado e essa suspeita, por si só, exige uma revisão dos autos;

• Colegas não escondem que Paulo tinha relação difícil com colegas e foi alvo de assédio moral no dia a dia do trabalho em delegacia.

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• Como pode alguém que está preso, em uma casa de custódia, de polícia, pode fugir, armar-se e provocar tamanho dano? Quem fiscaliza essa casa de custódia? Como podemos confiar que os agentes em desvio terão, de fato, a reclusão necessária para que possamos continuar acreditando nos bons – maioria esmagadora.

Mas, o que me parece realmente grave é que as nossas corporações insistem em esconder o número real de agentes de segurança com sofrimento mental. Não estou dizendo que era o caso de Paulo, mas, temos o benefício da dúvida, depois do que ele fez. E preciso lembrar que, em 2011, na Itatiaia, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Denilson Martins, escorado em dados do Instituto de Perícias, anunciou na Itatiaia que, àquela altura, 33 por cento dos policiais civis de Minas estavam com algum tipo de tratamento para transtorno... Eram tempos de economia mais estável, salários em dia e melhores condições de trabalho... Quantos estão hoje, nas ruas, armados e com carteira de autoridade, sem cuca legal?

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